Ninguém sabe, hoje e nos próximos dias, se Pedro Nuno Santos vai continuar Ministro do Governo de António Costa nos meses que se avizinham.
Mas também ninguém sabe – apesar de muitos o desejarem – se a remodelação vai ser mais alargada.
Todas as modificações nunca serão a pedido. Por isso erram os mais conservadores quando pedem a demissão de ministros. Conservadores de direita e de esquerda. Todos por junto e por igual.
Eu não quero acreditar que o “caso” Pedro Nuno Santos tivesse sido arquitetado, de forma a desvalorizar o congresso do Partido Social Democrata que se realizará no próximo fim de semana. Seria calculismo a mais! Uma estupidez!
Como disse António Costa e não tenho por duvidar – já antes o afirmou de forma convicta – que o PSD deveria ter uma palavra a dizer sobre os assuntos mais importantes da governação.
Afirmou-o aquando da vitória com maioria absoluta do PS, sabendo e percebendo que a governação de um País que atravessa uma enorme crise, não se pode resolver só com a vontade de um.
Não consta que uma partilha de responsabilidades seja assim tão bom para o País. Seria aliás e até um absurdo porque a maioria dos cidadãos deram a responsabilidade de governar a um só partido político.
Mas também esquecer o pensamento de muitos outros, só porque a Assembleia da república poderá votar sempre num só sentido, não seria nunca, uma boa medida de intervenção política.
Se o caso Pedro Nuno Santos não estiver resolvido entretanto, e se a comunicação social a este facto continuar, persistentemente, a dar mais importância do que ao que no todo interessa, o Congresso do PSD poderá não ser um facto político relevante. A não ser que Luís Montenegro aproveite o erro do governo acerca dos aeroportos. Terá engenho e arte para o combate político, de modo a encostar o Partido Socialista “às cordas”, ou por outro lado, vai ser “meiguinho” em função dos problemas do País, da Europa e do Mundo?
Se eu fosse a Luís Montenegro, moveria montanhas para que a partir de amanhã não se falasse, nem do Ministro nem de remodelações.
O Congresso do PSD é importante, tanto que só se pode governar bem um País, se esse mesmo País tiver uma oposição crítica, que só poderá ser construtiva, percebendo que a uma crítica estará sempre associada uma solução ou uma alternativa.
Em política nunca há certezas…só desejos!