SIM
Ontem já era tarde! Para que seja possível de modo e sem demasiado sacrifício por parte dos construtores, são necessárias políticas de fundo. Os que lutam pela Cultura e lhe querem dar visibilidade e Futuro, têm vindo a reivindicar-lhe uma fatia mais digna do Orçamento do Estado.
A Assembleia da República aprovou uma Resolução que apontava como patamar mínimo atingir-se 1% para este sector tão fragilizado. A pandemia atingiu duramente os trabalhadores da Cultura e teve óbvios reflexos negativos na actividade de carácter amador como são as desenvolvidas pelas associações não lucrativas.
A Bienal deverá assumir-se como multiplicidade de iniciativas, de modo a dar visibilidade e esplendor à riqueza e diversidade culturais, património das nossas colectividades, muitas de provecta idade e respeitável experiência. A que urge dar voz. Não de modo avulso e consoante “dá jeitinho” na hora H mas de forma estruturada e estando os responsáveis, políticos e obreiros, em permanente articulação.
O nosso concelho, em matéria de trabalho levado a cabo pelas associações de cariz popular, tem tudo para dar certo. Mas carece ainda, como todo o País, de um capaz Estatuto do Dirigente Associativo. Regulamento que leve a sério as dificuldades de homens e mulheres que tantas vezes culturalmente substituem o Estado e lhes dê melhores condições para o exercício das suas importantes funções.