Mais de 2000 rosas vestem a Rainha Santa

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Durante a madrugada, milhares de rosas pálidas, cor de champanhe, foram vestindo a imagem da Rainha Santa. Ao todo, são cerca de 2.300 flores, todas elas oferecidas à Santa Isabel, para agradecer uma graça, fazer um pedido ou para cumprir uma promessa. Ao final do dia de hoje, depois da missa solene, às 18H00, o andor – que pesa quase uma tonelada – sairá da Igreja para abraçar a cidade.
Este ano, devido às obras de requalificação da calçada de Santa Isabel, haverá cuidados especiais devido à eventualidade de o piso estar escorregadio.
É por essa razão que os cavalos da GNR que, tradicionalmente, abrem a procissão, não irão partir do adro da igreja.
“Sairão junto ao convento de São Francisco, exatamente para evitar que nesta descida os animais possam escorregar”, refere o presidente da Mesa da Confraria da Rainha Santa Isabel, Joaquim Costa e Nora.
Ao passar na avenida João das Regras, o andor voltar-se-á para o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde o corpo da Rainha Santa esteve sepultado.
Nesse momento – conta Costa e Nora –, o monumento estará iluminado. “Trata-se de um momento simbólico, mas que procura também ilustrar o bom relacionamento da confraria com as outras instituições da cidade”, diz.
Ao chegar ao Largo da Portagem, milhares de fiéis poderão ouvir um fado de Coimbra em jeito de “oração à Rainha Santa”, seguido da saudação das boas-vindas por parte do pároco de Buarcos e Tavarede, o padre Carlos Noronha. Depois da saudação, será entoado um cântico de louvor pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra.
O andor segue em direção à Estação de Coimbra-A depois de terminado o fogo de artifício que o município oferece à cidade. Este ano, devido às obras que estão a decorrer nos muros junto ao rio, a imagem irá passar na zona atualmente usada pelos autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), regressando à Portagem pela avenida Emídio Navarro (em frente à Sanfil e Hotel Astória).
“Depois vamos continuando a procissão pela rua Ferreira Borges Visconde da Luz e, ao chegar a Santa Cruz, antes de entrar no mosteiro, será entoado um cântico pelo Coro de Santa Cruz. Haverá depois um segundo cântico de boas-vindas à imagem, quando ela estiver dentro da igreja”, adianta Costa e Nora.
Ali ficará, até domingo, para veneração, num vaivém que se adivinha igual ao de anos idos.
Antes da procissão diurna de dia 10, o andor voltará a ser adornado de flores. À espera das rosas já murchas estará, de novo, uma fila interminável de fiéis. Levarão para casa uma das flores que vestiu a imagem da Rainha Santa na procissão penitencial.
Secará de vez e ficará, depois, guardada como rosa de milagre. E de esperança

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