Opinião: Ao encontro da “Cidade- -Rede”

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Em “Samba da Benção”, Vinicius de Moares cantava dizendo que, “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. O duplo do encontro, o reencontro, promove a descoberta de novas associações entre saberes dispersos, sejam físicos ou virtuais. Através do debate informal ou de reuniões previamente agendadas, é sempre possível estimular novos conhecimentos baseados em domínios tantas vezes afastados dos quotidianos mais simples e que, codificados na paisagem física ou em redes digitais, são capazes de estimular atmosferas de reflexão intensiva, não-formal, mas profundamente enriquecedora.

É essencial recuperar o efeito agregador da pólis no sentido de promover uma “ágora digital”, de um ciber e metaespaço capazes de interligar pessoas, objetos, máquinas e redes com os ambientes produzidos pelos novos instrumentos em setores tradicionais e emergentes, como a Inteligência Artificial (IA), Blockchain, Fintech, Industria 5.0, Robótica, IoT, 5G/6G, Cibersegurança, Metaverso, Contratos Inteligentes, NFTs, Tokenização e Emprendedorismo de tempo real, enfim, um sem-numero de possibilidades geradas por uma sociedade de risco, profundamente inquieta, mas onde as probabilidades de aparecimento de novas experiências e vivências crescem de forma exponencial.

O próprio reconhecimento de Crescimento Exponencial, faz a alavancagem de um conjunto de instrumentos capazes de estimular novas atividades e empregos, em setores para os quais vai ser necessário educar e treinar pessoas em colaboração e contacto com algoritmos de tecnologias hápticas (sensoriais), realidade aumentada, realidade imersiva, realidade virtual, infravermelhos, realidade diminuída, hologramas, ecrâs volumétricos, teleimersão, e que, ao desenvolverem novas formas (muito subtis) de interação com gémeos digitais ( digital twins ) , reclamam especial cuidado pelas áreas da psicologia, sociologia, neurociências, como forma de acompanhamento inteligente de possíveis alterações nos processos de bem estar pessoal e de saúde mental.

Promover a transição do espaço local ao encontro da ideia de uma “cidade-rede” ( Hiperlocal) pode ser feito através de dois conceitos : 1 ) de “valor”, e esse será o interesse aumentado pelas redes de serviço e suporte à sociedade como as redes de telecomunicações 5G/6G, redes de energia renovável, redes de cuidados sociais e de saúde de suporte à longevidade e envelhecimento ativo, e 2 ) através da ideia de “crescimento” pela criação e mobilização de unidades de interface ciberfísicas, talentos, recursos e condições para a atratividade e junção de unidades de ciência, empresas e instituições ao Hiperlocal, à Cidade-Rede, ao mesmo tempo física e virtual, qua tale um Metaverso.

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