Os dados económicos oficiais da China para o primeiro trimestre de 2022 foram recentemente divulgados, mostrando uma estimativa do PIB de 270 mil milhões de yuan (cerca de 39 mil milhões de euros) para o primeiro trimestre, com um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior. Muitos meios de comunicação social estrangeiros descreveram este crescimento como “excedendo as expectativas”.
Face a um ambiente internacional mais complexo e severo e aos problemas provocados pela pandemia, o crescimento de 4,8% não foi fácil de obter. O valor acrescentado das indústrias acima da escala cresceu 6,5% numa base anual, o investimento nacional em ativos fixos cresceu 9,3% numa base anual, as vendas totais a retalho de bens de consumo cresceram 3,3% numa base anual, e as importações e exportações totais de bens cresceram 10,7% numa base anual.
Globalmente, a economia da China continuou a sua recuperação no primeiro trimestre, com os principais indicadores económicos a funcionarem dentro de um intervalo razoável, injetando estabilidade na economia mundial.
Em 2022, a conjuntura internacional experimentou mudanças drásticas. Os preços de mercadorias bateram recordes; surtos de Covid-19 aconteceram em vários lugares da China; e a pressão assimétrica da economia chinesa tem vindo a intensificar-se. Neste contexto, a estabilidade económica passou a ser ainda mais preciosa.
De onde vem a “estabilidade”? Por um lado, reside nos esforços do governo chinês para conciliar a prevenção e controlo de epidemias com o desenvolvimento económico e social.
Desde a implementação de um abatimento fiscal do IVA em grande escala, à utilização de obrigações do Estado para expandir o investimento efetivo, até à utilização atempada de instrumentos de política monetária, a China introduziu recentemente uma série de medidas para “estabilizar a economia”, especialmente para os intervenientes no mercado que foram gravemente atingidos, para aumentar o alívio e a proteção do emprego, ajudando a economia chinesa a avançar de forma constante.
Por outro lado, as empresas chinesas estão a esforçar-se por aproveitar os seus pontos fortes para promover o desenvolvimento, especialmente mantendo-se orientadas para a inovação.
Devido à sua confiança na economia da China, o Estudo sobre o Ambiente Empresarial na China de 2022, divulgado pela Câmara de Comércio Americana na China em Março, mostra que a China continua a ser um dos três principais destinos de investimento para 60% dos planos de investimento global a curto prazo das empresas, e 66% das empresas planeiam aumentar o seu investimento na China este ano.
Entretanto, apesar das dificuldades que enfrenta, a China continua a trabalhar de forma responsável para manter a cadeia industrial global a funcionar de forma constante. O comércio externo da China cresceu mais de 10% no primeiro trimestre, mantendo um crescimento ano-a-ano positivo durante sete trimestres consecutivos e desempenhando um papel insubstituível na estabilização da “cadeia” global.
Desde Março, alguns dos principais indicadores da economia chinesa abrandaram devido a fatores inesperados a nível interno e externo que excederam as expectativas, e a pressão descendente sobre a economia tem aumentado. Contudo, numa perspectiva de um ano inteiro, espera-se que a economia chinesa mantenha a sua recuperação, uma vez que os fundamentos positivos a longo prazo da economia chinesa permanecem inalterados, assim como as suas características de elevado potencial de desenvolvimento, resiliência e amplo alcance.
A China afirma ter capacidade e condições para superar dificuldades e desafios, alcançar um desenvolvimento económico sustentável e saudável, e continuar a ser um “estabilizador” para a economia mundial.
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