Parlamento cheio na sessão do 25 de Abril

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Os sorrisos sem máscara e uma Sala das Sessões cheia como há três anos não acontecia estão a marcar esta manhã o início da sessão solene comemorativa do 48.º aniversário do 25 de Abril.

Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, a Revolução dos Cravos é assinalada na Assembleia da República sem número limitado de presentes e também sem uso obrigatório de máscara no parlamento – regra que deixou de vigorar na sexta-feira.

Na Sala das Sessões, são muito poucos a usá-la, com destaque para o primeiro-ministro, António Costa. Quarenta e cinco minutos antes de a sessão solene começar, às 09H15, já havia deputados, convidados e altas entidades dentro da Sala das Sessões e, em cada lugar (incluindo a bancada de imprensa), foram colocados um programa e um cravo, a flor símbolo da Revolução.

Como sempre, esta flor foi mais usada pelas bancadas à esquerda – com muitos deputados e deputados a estenderem o vermelho às gravatas e alguns pormenores de vestuário – mas também vários deputados do PSD usaram cravo na lapela, casos de Joaquim Miranda Sarmento ou Afonso Oliveira, mas não o presidente do partido, Rui Rio. Mais à direita, nas bancadas da IL e do Chega não se viram quaisquer cravos na lapela.

Nas galerias – cheias como não se via desde 2019 – estiveram, como habitualmente, representantes da Associação 25 de Abril, entre os quais o seu presidente, Vasco Lourenço. A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, Vera Jardim, e muitos secretários de Estado foram alguns dos que ocuparam as galerias.

Entre os convidados com lugar entre a bancada dos deputados e a do Governo, estiveram a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e os chefes militares dos três ramos.

Se o almirante Gouveia e Melo – que coordenou a task force da vacinação contra a covid-19 – foi um dos convidados mais requisitados, quer para cumprimentos, quer até para fotografias, Carlos Moedas foi um dos mais ativos nos cumprimentos. De cravo na mão, como tem feito o Presidente da República nestas sessões solenes, Moedas fez questão de ir cumprimentar vários ministros da bancada do Governo, dirigindo-se depois aos deputados do seu partido, o PSD, e também aos da IL.

Pelas 09H40, o Governo em peso ocupou a sua bancada, todos de cravo na lapela, e alguns ministros, como António Costa Silva e Ana Mendes Godinho, fizeram questão de ir cumprimentar os líderes do PCP e do BE, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins.

Na tribuna vip, apenas esteve um presente um antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, com a mulher Manuela Eanes, – Cavaco Silva já não marca presença nestas sessões há alguns anos – bem como os antigos presidentes da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues e Mota Amaral, todos de cravo na lapela. Lá fora, um grupo de cerca de 20 pessoas manifestou-se quando chegaram as três principais figuras do Estado, usando um megafone para gritar “vergonha” e reivindicarem “um verdadeiro 25 de Abril”.

Minutos antes da sessão solene começar, no hemiciclo, deputados, convidados e altas entidades receberam de pé o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de cravo na mão, e o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, na lapela, seguindo-se o hino nacional, com alguns deputados do Chega a ouvirem-no de mão no peito. Seguem-se as intervenções dos partidos – com problemas de som no início da primeira intervenção, do deputado do Livre -, de Augusto Santos Silva e de Marcelo Rebelo de Sousa.

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