NÃO.

Aqui está um claro exemplo de que o mundo e a vida não são a preto e branco mas de todas as cores e dentro destas com cambiantes! Optar por sim ou não condiciona a resposta, não se albergando o “colorido” que muitas questões transportam. Neste caso está-se em presença de um problema “a cores”.

É óbvio que imóveis degradados não são desejáveis. E se estiverem em tais condições que possam colocar em risco pessoas e bens é emergente que sejam encontradas formas de obviar a que acidentes e pragas aconteçam. Mas cada caso é um caso e uma questão tão complexa não pode ser tratada num processo de “chapa 24”.

Quantos proprietários possuindo prédios antigos não terão dinheiro para ressarcir o município, face a uma demolição mandatória? Não responderão cabalmente à sugestão camarária de demolirem porque não veem como pagar os custos da operação e compradores dispostos à aquisição serão poucos. Também os haverá relapsos, aqueles que não darão um passo para solucionar o problema simplesmente porque ainda não admitiram o tempo de o enfrentar.

Melhor seria que se analisassem os casos um a um. E perante a impossibilidade de arcarem os donos com as despesas da demolição, deverá haver por parte da Câmara Municipal um esforço de concertação entre as partes. A ferro e espada não se solucionará o problema. Mas pode resolver-se com sensibilidade e bom senso por parte de todos os envolvidos.