Figueira da Foz aceitou competências na área da saúde para reforçar poder negocial

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“Foto: DR”

O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que aceitou a transferência de competências na área da saúde para não perder mais tempo, apesar do envelope financeiro ficar aquém das necessidades.

“Teremos mais autoridade moral para bater o pé e negociar [com o Governo] se demonstramos o nosso empenhamento nesta entrega de descentralização de competências”, referiu Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, afirmando compreender os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra que contestaram os critérios subjacentes à transferência dos valores.

Salientando que as verbas a transferir não suportam as despesas quantificadas pelo município, o autarca frisou que a Câmara está a “trabalhar exemplarmente com as entidades de saúde e acho que isso nos dá autoridade para acreditar nas necessidades que não estão financeiramente cobertas”.

“Eu prefiro relevar o diálogo assim. É a minha maneira de trabalhar nos vários domínios, ser construtivo e cooperante, mas também se nos tirarem o tapete agiremos de outra maneira”, sublinhou.

O presidente da Câmara da Figueira da Foz considera que se trata de uma questão de “princípio e atitude, que são importantes nos processos negociais” e, acima de tudo, pela questão principal: “na prática as autarquias são chamadas a intervir e a investir a toda a hora”.

Aos jornalistas, Pedro Santana Lopes disse que pretendia “não perder nem um dia para não ficar com esse peso na consciência de dizer: vou prorrogar isto até resolver”.

“Quero ter as competências formais, senão estamos a agir em matéria que depois nem temos competência”, enfatizou o autarca, que pretender ter “tantos instrumentos quanto possível na mão para acorrer a isso, porque não me desculpo, nem quero desculpar com o Governo central”.

Na sessão de Câmara de hoje, a vereadora Olga Brás, responsável setor da saúde e área social, garantiu que nenhumas das unidades de saúde do concelho vai encerrar portas e anunciou um reforço de oito novos médicos para os quadros dos centros de Saúde da Figueira da Foz.

A autarca reconheceu, no entanto, que a falta de secretários clínicos é o “grande constrangimento ao bom funcionamento dos Centros de Saúde” do concelho.

Segundo Olga Brás, na próxima quinta-feira, o município vai reunir-se com as juntas de Freguesia do concelho, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, para debater o processo da transferência de competências.

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