“Dói a alma ver a Académica cair para a Liga 3” – Toni

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 O antigo futebolista Toni assumiu hoje que lhe “dói a alma ver a Académica cair para a Liga 3”, esperando que o futuro afaste “sucessivos erros de gestão” para que o clube possa voltar ao “convívio dos grandes”.

“Dói. Dói-nos a alma ver este desfecho, que, infelizmente, já se adivinhava há algumas épocas. A Académica vive o seu período mais negro da história, ao cair no mais baixo escalão onde já competiu”, lamentou António José Conceição Oliveira, em declarações à agência Lusa.

Conhecido no mundo do futebol por Toni, o então médio jogou dos 18 aos 22 anos na Académica, antes de rumar ao Benfica, no qual alinhou 13 épocas até terminar a carreira.

Toni entende que os ‘estudantes’ “não tiveram as melhores políticas de gestão” nos últimos anos, contudo também considera que o “divórcio entre a cidade e a Académica” ajudou a este desfecho.

“A Académica tem muitos adeptos, mas Coimbra não parece unida em torno do clube que a representa. É necessário que isso mude, que os que lhe viraram as costas mudem de atitude, para que seja possível inverter este mau momento da sua história”, vincou.

O antigo internacional português e treinador entende que “é preciso uma regeneração do clube que parta do universo academista”, embora acredite que, para inverter o rumo negativo e regressar à I Liga, será necessário um forte investidor, provavelmente estrangeiro.

“A cidade e a região não são muito industrializadas, pelo que é natural que essa aposta tenha de vir de fora”, disse, recordando o trajeto meteórico do Casa Pia, líder da II Liga, detido pelo empresário norte-americano Robert Platek.

Toni deu o exemplo do futebol britânico: “A Inglaterra era conservadora, mas quem tomou conta dos seus maiores clubes?”.

Neste “caminho novo” que se exige, gostaria de ver mantida a filosofia da “formação do homem” com a qual evoluiu na vida, acreditando que o conjunto de Coimbra poderá voltar a ver a equipa atuar com atletas de grande valia desportiva enquanto cumprem um percurso académico.

“A última coisa que temos de perder é a esperança. Para esse tempo novo que se exige, é preciso gente que possa ter a capacidade de regenerar, sem que a Académica perca os seus princípios e valores”, sublinhou.

Toni lembrou as quedas dos históricos Salgueiros, Vitória de Setúbal e União de Leiria, a militar em escalões não profissionais, pelo que deseja que os academistas se reergam “de forma sustentada”.

“Os campeões caem, porém também se levantam com força redobrada. É uma frase feita, no entanto pode muito bem ser aplicada à Académica, um histórico que o futebol português aprendeu a apreciar”, concluiu.

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