Penela: Empresa de congelados perspetiva crescimento de 15% em 2022

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A empresa de produtos alimentares congelados Frijobel, sediada em Penela, no distrito de Coimbra, prevê crescer cerca de 15% este ano, depois de em 2021 ter recuperado o volume de negócios para níveis pré-pandemia.

No ano de 2021, aquela unidade de processamento de pescado e comercialização de produtos alimentares congelados atingiu os 50 milhões de euros de faturação, tal como em 2019, após uma quebra de 10% em 2020 (para 45 milhões de euros), ano em que teve início a pandemia da covid-19.

“Em 2020 estávamos a fazer o melhor trimestre de sempre. Os primeiros dois meses, janeiro e fevereiro, estavam a corresponder aos objetivos que tínhamos definido, mas quando entra a pandemia há uma quebra total da parte da restauração com o primeiro confinamento”, frisou à agência Lusa o administrador Pedro Vasconcelos.

O responsável salientou que a empresa conseguiu compensar as quebras de 2020 de outras formas, através dos “supermercados, da exportação, que se manteve, e do canal das instituições que continuou a trabalhar”.

“Felizmente, trabalhamos com várias áreas de negócios e diferentes tipos de clientes. Não trabalhamos apenas com a restauração e a hotelaria, porque se assim fosse a quebra teria sido muito maior”, sublinhou.

Apesar da quebra de faturação em 2020, a empresa não deixou de investir na frente produtiva, tendo criado uma linha nova de embalamento em vácuo, numa lógica de responder sobretudo aos canais direcionados para os supermercados.

Trata-se de “investimento elevado e diferenciador” no setor dos ultracongelados, no qual “não há muitas empresas com essa tipologia de embalagem”, referiu Pedro Vasconcelos.

Dentro de sensivelmente um mês, a Frijobel vai abrir o Centro Logístico de Lisboa, onde já opera desde 2018, com uma área construída de 2.500 metros quadrados, que vai permitir aumentar a distribuição e o volume de vendas e reforçar a empresa como um dos principais operadores nacionais.

Segundo Pedro Vasconcelos, o mercado da área metropolitana de Lisboa e da zona oeste (Cascais e Sintra), com cerca de 2,5 milhões de pessoas, tem um “potencial de crescimento muito elevado”.

“O mercado de Lisboa é um mercado muito interessante, mais dentro da restauração e na parte social. E se voltarmos aos níveis de turismo e assistirmos à redução do teletrabalho tem um potencial em termos de consumo muito interessante”, disse.

O administrador apontou para um potencial de crescimento de 40 a 60% nos próximos anos, que deve situar-se já este ano entre os 30 a 40%.

Além do mercado nacional, que representa mais de 85% da faturação, a empresa vai mantendo o volume de exportação, sobretudo para França e Suíça, que são os seus principais mercados da “saudade”, assentes em cadeias de pequenos e médios supermercados.

A empresa opera em cerca 20 mercados diferentes, desde Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Inglaterra e Angola.

Já exportou também para Austrália, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá, destinos que a administração pretende reforçar.

As exportações valem cerca de 15% da faturação, o equivalente a 7,5 milhões de euros.

Por ano, a Frijobel prepara e embala mais de seis mil toneladas de produtos congelados, dispondo de uma capacidade de armazenamento de 14 mil paletes em câmaras refrigeradas.

“É um trabalho mais difícil para empresas que estão localizadas mais no interior, como é o nosso caso, e fora dos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, onde naturalmente há mais recursos humanos qualificados para ocupar este tipo de postos de trabalho”, salientou Pedro Vasconcelos.

Fundada em 1988, a Frijobel é uma empresa que se dedica ao processamento de pescado e à comercialização de produtos alimentares congelados, desde o peixe, marisco, pré-cozinhados, legumes e sobremesas, empregando atualmente 210 trabalhadores.

O pescado comercializado é, na sua maioria, importado de 40 origens repartidas por todos os continentes, embora a sardinha, carapau e polvo sejam capturados em águas nacionais.

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