Opinião: O verde no meio do betão

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No outro dia estava a trazer umas visitas do aeroporto em pleno dia e chamei-lhes a atenção para a quantidade de coelhos na berma da estrada, calmamente comendo as suas ervinhas. Já se tornou tão habitual para mim que não dou a relevância que dava no início da minha estadia em Bruxelas.
A verdade é que a cidade está cheia de parques, pequenos, grandes ou médios, mas sempre há uma verdura no meio de tanto betão. Um habitat ideal para os pequenos animais da floresta. Tanto é que não é raro encontrar um esquilito a saltar pelas árvores ou uma raposa a atravessar a estrada em plena cidade, especialmente à noite.
Outra característica de Bruxelas que me impressionou assim que cheguei foi a quantidade de patos – não os patos que não saem dos lagos ou fontes, mas os patos que voam e grasnam dos telhados dos prédios, como se fossem gaivotas ou pombos.
Parece mentira mas também temos uma população importante de periquitos verdes na capital da Europa. Mais esquivos, não se deixam ver muito perto, apenas apercebemos uma mancha verde a esvoaçar, acompanhada de sons estridentes.
Já fora da cidade o espectáculo natural torna-se mais colorido, enriquecido (por exemplo) com magníficos veados ou corços, a imponência de aves de rapina e faisões que eu nunca antes tinha visto em liberdade. Várias vezes se avistam estes animais da estrada, ou em simples caminhadas pelo campo – a humidade, apesar do frio, traz uma opulência de vegetação que convida mesmo à vida selvagem.

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