FOTO DAVID FERREIRA

O Terreiro da Erva tem uma nova árvore. Trata-se de uma escultura em materiais metálicos, concebida pelo artista Aureliano de Aguiar. A obra de arte é cedida ao Município e pode ser o ponto de partida para levar arte e cultura à Baixa.

A inauguração contou com uma vasta comitiva da Câmara Municipal de Coimbra, com o presidente à cabeça. Segundo José Manuel Silva, este é um “caminho a percorrer, aqui e noutros locais. O objetivo é “criar atrativos para que as pessoas possam visitar e fruir” o terreiro. “Esta obra de arte já faz a diferença, neste espaço”, acentuou.

Em linha com as preocupações que, há muito, vem verbalizando sobre a Baixa, o autarca promete não ficar por aqui. “Todos estes pequenos passos fazem parte daquilo a que, figurativamente, chamamos de Plano Marshal para a Baixa”, adiantou.

Quanto à obra artística, propriamente dita, José Manuel Silva salienta a dimensão simbólica dos diferentes elementos identificativos: o nome – “Árvore dos Amores” –, a “dedicatória à Teresa” e a “reutilização e reciclagem de materiais de desperdício, a que ninguém daria grande valor ou atenção, e que se transformam numa belíssima obra de arte”.

Já o artista – um lisboeta radicado, há anos, no lugar de Alcaide, próximo de Serpins – prefere enfatizar a dimensão conceptual. “Eu idealizo a obra de arte e construo e sonho os vários objetos”, explicou Aureliano de Aguiar, ressalvando que “não se trata de reciclar, tão-pouco de reutilizar materiais, porque a arte não tem nenhuma função prática”.