Opinião – Legislativas 2022 – Votar em Macau

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A 30 de Janeiro, os portugueses serão, uma vez mais, chamados às urnas, para de forma livre e democrática, elegerem os seus representantes para os próximos 4 anos.
Macau integra o círculo eleitoral fora da Europa, o qual elege 4 deputados para o Parlamento nacional.
Tal como em 2019, o voto é exercido através do vetusto voto postal.
Em plena era digital onde tudo se encontra à distância de um clique, a Oriente continuamos a aguardar, com a paciência que fomos aprendendo a ter, a tão desejada carta do correio, a qual transporta dentro de si, a mais importante ferramenta, herdada dos muitos que lutaram para que o voto fosse um direito de todos e acessível a todos.
Aos costumeiros extravios, que obstam a que muitos dos nossos concidadãos exerçam um dos mais importantes direitos fundamentais da história da nossa democracia, junta-se mais uma novidade resultante destes tempos interminavelmente pandémicos: um atraso, até 30 dias, de toda a correspondência em circulação via postal, de Macau para o resto do mundo, o que, tendo em consideração o prazo limite de 9 de fevereiro para a validação de todos os votos, via correio, nos leva a acreditar que, infelizmente, muitos serão os que contribuirão para o universo dos nulos ou até para a malfadada abstenção.
Independentemente dos pontos constantes nos diversos programas eleitorais dedicados a todos os portugueses residentes no estrangeiro, tais como, a aposta no aprofundamento e desenvolvimento da língua e cultura portuguesa, aproximação e apoio às diversas associações de matriz lusa ou a tão almejada melhoria dos serviços consulares, entendo estarmos mais do que na altura de modificar e atualizar esta forma de votar.
Temos a técnica, a tecnologia, somos uma democracia madura e, se queremos aproximar as comunidades do país, por que não começar por aqui?
Mais do que um direito, votar é um dever que nos legitima a criticar e que nos dá o poder de escolher quem queremos mas, sobretudo, o imenso poder de afastarmos quem não queremos!
Já em trânsito, mas sem certeza de saber se o meu voto chegará a tempo, apelo a todos para que, dia 30 não hesitem e vão votar. Votem pelo futuro, votem pelo país, mas sobretudo, votem em nome de um dos nossos valores maiores: a liberdade!

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