O Banco Mundial aceitou a candidatura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para a atribuição de um total de 90 milhões de euros, que vão beneficiar as empresas dos distritos de Coimbra, Aveiro e Viseu no processo de transição para energias mais limpas.
Todavia, a CCDRC destinou para um fim próprio parte destas verbas, para fazer “a mitigação dos efeitos económicos e sociais do encerramento da Central a Carvão do Pego”, localizada em Abrantes, e que era a única termoelétrica deste tipo a funcionar em Portugal.
O fim da produção de energia a partir do carvão está oficialmente marcado para a próxima terça-feira, 30 de novembro mas, entretanto, houve esgotamento dos stocks de carvão na empresa, o que levou à antecipação do encerramento do processo para 19 de novembro último.
Ainda ontem, o Fórum Florestal (estrutura federativa da floresta) defendeu a reconversão da central do Pego para biomassa, tendo alertado que a sua não implementação “poderá ser uma oportunidade perdida” para o país.
Os dinheiros do Banco Mundial para a região Centro – em parceria com a Comissão Europeia – foram ontem anunciados e destinam-se a “desenhar apoios para financiar a inovação no âmbito do Fundo para uma Transição Justa”, explicou a CCDRC.
Trata-se de um fundo criado no contexto da política de coesão para fazer face aos “custos sociais, económicos e ambientais da transição para uma economia circular e com impacto neutro no clima”.
Notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 26/11/2021