Analisando o Relatório do Orçamento do Estado para 2022, não é fácil encontrar investimentos públicos previstos para Coimbra.
Descobre-se o desenvolvimento do “velhinho” Sistema de Mobilidade do Mondego, baseado na intermodalidade e em sistemas tecnológicos integrados de bilhética, de informação ao passageiro e de tarifário, com uma solução de metrobus eléctrico para aproveitar o investimento em infraestruturas feito anteriormente. A frota aumentará e para os troços urbanos está prevista, até ao final de 2021 a consignação da empreitada entre Alto de S. João e Portagem, adjudicada por 18 milhões de euros, bem como o procedimento concursal para as obras nos troços entre Portagem/Coimbra B e Linha do Hospital. No total, o investimento na infraestrutura no Sistema de Mobilidade do Mondego ascenderá a quase 100 milhões de euros. Tudo investimentos que se enquadram no objectivo fundamental de alcançar a neutralidade carbónica em 2050. Também se prevê a requalificação integral/duplicação do IP3 entre Coimbra e Viseu, neste momento em fase de avaliação de impacto ambiental.
Quanto ao Ensino Superior, existem várias intervenções planeadas no sentido de dotar as instituições de ensino de uma capacidade acrescida para atrair estudantes e proporcionar um ensino de qualidade nas respectivas instalações. A Universidade de Coimbra dará início a uma empreitada de obras públicas de construção do edifício que albergará o MIA Portugal – Centro de Excelência em Investigação do Envelhecimento no seu Polo das Ciências da Saúde; este investimento tem previstos 14 milhões de euros de execução em 2022.
Na Saúde, e para além da edificação do novo Departamento Materno Fetal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, prevê-se ainda um investimento no IPO.
Se o Orçamento for aprovado, talvez as restantes medidas ajudem a impulsionar Coimbra, tal como o resto do país, que bem precisa de recuperar e gerar riqueza. Aguardemos agora pelas medidas do novo executivo camarário, cuja tomada de posse está para breve.