Opinião: Mário Silva, Victor Feytor Pinto – a asneira tem limites!

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Comecei na quarta-feira a escrever esta crónica, porque é necessário ir buscar às profundezas da paciência, o poder de síntese que às vezes me “falta”, e que, tantas e por demais vezes, me “leva” mais tempo do que desejaria!
Mário Silva, Cunha Rocha e Pedro Olaio, foram homens de arte e muito engenho!
Não poderiam ter estado à mercê de analfabetos, uns, e analfabetos funcionais, outros…e dos dois tipos que se complementam!
Eram, são Amigos, dos mais queridos que a nossa região poderia ter. Amigos de Coimbra e Figueira da Foz que nutriam um profundo amor e respeito pela sua arte.
Isso, transportou-os para, e a outro patamar da nossa existência colectiva. Assim só. Tout court! Nem mais nem menos. Só!
A sua relação com todos, mas sobretudo com os Amigos, transportava-os para outras dimensões. Pouco e por vezes mal compreendidos, eles próprios e seus propósitos, nunca deixaram nada por dizer ou fazer.
Vida cheia, diria mesmo vida completa, de cidadãos a que o respeito pela sua individualidade era mais do que justo.
Fantásticos porque diferentes, deixaram uma obra, talvez segundo eles próprios, incompleta, mas que o comum dos mortais, no qual humildemente de incluo, admiro e não me canso de divulgar.
Tudo isto vem a propósito da próxima eventual localização do espólio de Mário Silva.
Depois de Coimbra ter perguntado, não a mim mas a Amigo comum, “o que é que o senhor ganha com isso?”, e a Figueira da Foz ter “lavado as mãos como Pilatos”, eu questiono-me se, afinal, estas cidades, os seus ex-responsáveis, conheciam a sua vida e obra!
O meu Amigo ia ficando tetraplégico com a violência da pergunta. “O que é que o senhor ganha com isso?”, é uma pergunta patética de alguém que usa, abusa e divulga o seu analfabetismo militante!
Não sei se a obra de Mário Silva vai ficar em Coimbra ou na Figueira da Foz com o empenho dos novos dirigentes autárquicos.
O que eu sei, porque tal me afiançaram, é que poderá estar a caminho da Cidade de Cantanhede superiormente dirigida pela Drª. Helena Teodósio. Só terei de a felicitar se assim for, porque reconheceu em Mário Silva – quem não reconheceria? – a qualidade suficiente para figurar entre os maiores das nossas artes!
Se tal acontecer, ficará a arte de Mário Silva bem acompanhada, porquanto terá como vizinha a excelente “colecção” do meu Amigo Cândido Ferreira que ficará “alojada” num museu do mesmo concelho.
Coimbra e Figueira da Foz no seu melhor! Salva-se Cantanhede! Quem diria?!
Uma outra nota, para dirigir uma pequena saudação, já em direcção ao além, na figura do nosso Amigo Padre Victor Feytor Pinto.
Conheci-o no Projecto Vida por intermédio do Dr. Fernando Mendes. Trabalhámos em conjunto em projectos para a reinserção social de toxicodependentes, afastando a ideia de que “os toxicodependentes seriam para abater”!
Homem de enormíssima qualidade humana, sempre teve, mesmo em alturas de desânimo, uma palavra afagadora da minha desilusão!
Foram alguns anos de conquista sobre todos os que afirmavam que nada havia a fazer e que o dinheiro no Projecto Vida era mal gasto!
Tontos, tontos da nossa sociedade; nada o substituiu!
Um novo governo inventou estratégias falhadas à vista desarmada; nomearam-se comissários políticos em diversos organismos do Estado para gerir a coisa; e a coisa, de tão bem gerida e bem feita, escangalhou-se!
Como diria o outro, A Bem da Nação!

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