Placa esquecida de uma exposição sobre nazismo na Secundária de Tábua gera polémica

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Uma placa com a inscrição “Arbeit Macht Frei” [o trabalho liberta] – frase utilizada à entrada de vários campos de concentração nazi – ficou esquecida durante dois meses afixada nos corredores da Escola Secundária de Tábua.
Inicialmente concebida e utilizada como peça integrante de uma exposição sobre Direitos Humanos que recriava o ambiente de terror do nazismo, não foi retirada quando a exposição foi desativada, no início de junho último, quando as aulas terminaram.
O alerta foi dado ontem por André Rui Graça, antigo aluno da escola e atual investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX/Universidade de Coimbra.
O também munícipe explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS que se deparou a 4 de agosto com a placa, que era visível do exterior do estabelecimento de ensino e ficou “perplexo”, o que o levou a captar a imagem.
“É um símbolo do genocídio e do pior que a humanidade alguma vez cometeu, afixado dentro do espaço de uma escola pública”, refere o investigador, admitindo que “a exposição até terá sido bem intencionada como ação de sensibilização para os Direitos Humanos, mas o resultado, assim, é o contrário”.

André Graça diz que, “se não se percebeu que esta simbologia tóxica só pode ser utilizada em contexto apropriado e sempre com parcimónia, então a iniciativa de sensibilização não resultou”.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Tábua, Sidónio Costa, respondeu ontem ao DIÁRIO AS BEIRAS que “a placa já foi retirada”, reconhecendo que “ainda se manteve afixada depois da exposição ter sido desmontada porque o funcionário disse que o faria mais tarde, e não o fez”.
O responsável afirma que a placa estava afixada de tal forma que não é visível de dentro da escola e foi ficando após o final do ano letivo.

 

Toda a informação na edição impressa e digitar de hoje, 6 de agosto, do DIÁRIO AS BEIRAS

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