Covid-19: DGS recomenda vacinação universal das crianças dos 12 aos 15 anos

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A Direção-Geral da Saúde recomendou hoje a vacinação universal das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, deixando assim de ficar circunscrita a situações específicas, como os casos em que têm doenças de risco.

A diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou hoje em conferência de imprensa que “a DGS recomenda a vacinação de todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos de idade”, sem necessidade de indicação médica. Graça Freitas explicou que a decisão surge depois de analisados “novos dados disponibilizados nos últimos dias”, em concreto os impactos registados nos “mais de 15 milhões adolescentes vacinados nos Estados Unidos e na União Europeia” que revelaram ser “extremamente raros” os casos de miocardites e pericardites.

Tendo em conta os novos dados, a DGS decidiu então alargar a todos os jovens desta faixa etária a vacina contra a covid-19 que deverá começar a ser ministrada em breve.

“Está aberto o caminho para a vacinação”, disse Graça Freitas, sublinhando que não se pode criar a “expectativa de que é hoje que começa”, estando dependente do plano de vacinação da ‘task force que coordena este processo.

Sobre a possibilidade de os mais novos – cerca de 400 mil – começarem a ser vacinados contra a covid-19 antes do arranque do ano letivo, Graça Freitas disse esperar que tal aconteça, mas caso arranque uns dias depois do início das aulas tal “não terá um impacto negativo importante” para a saúde.

Variante Delta com uma frequência relativa de 98,9% em Portugal

 variante Delta do coronavírus que provoca a covid-19 é a mais prevalente em Portugal, com uma frequência relativa de 98,9% na semana que terminou a 01 de agosto, segundo o Instituto Ricardo Jorge.

De acordo com o mais recente relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, do total de sequências da variante Delta analisadas, 62 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (a chamada Delta Plus), que tem mantido uma frequência relativa abaixo de 1% desde a semana de 14 a 20 de junho.

Não foi detetado qualquer caso na semana analisada entre 26 de julho e 01 de agosto (semana 30), refere o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O relatório do INSA indica que, até à data, foram analisadas 13.807 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 298 concelhos de Portugal.

O instituto refere igualmente que têm vindo a ser analisadas uma média de 588 sequências por semana desde o início de junho e que esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 118 concelhos por semana.

O Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) já analisou 13.807 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 298 concelhos de Portugal.

O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica que a frequência da variante Delta chega a atingir os 100% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Refere também que “a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente, sendo que não foi detetado nenhum caso destas linhagens na semana 30, de acordo com os dados apurados até à data”.

O INSA acrescenta que não foram detetados novos casos da variante Lambda (C.37), “a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile”.

Entre outras “variantes de interesse” em circulação em Portugal, o INSA destaca as variantes B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia) e Eta (B.1.525 – detetada inicialmente na Nigéria), as quais apresentam mutações na proteína Spike que são partilhadas com algumas das “variantes de preocupação”.

Contudo, sublinha, estas variantes apresentam uma baixa frequência em Portugal, tendo sido detetadas abaixo de 0,8% (B.1.621) ou 0,3% (Eta B.1.525) desde a semana 25 (21 a 27 de junho).

O Instiuto Ricardo Jorge adotou desde junho uma nova estratégia de monitorização contínua da diversidade genética do novo coronavírus em Portugal, a qual assenta em amostragem semanais de amplitude nacional.

“Esta abordagem permitirá uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises”, explica.

Desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020, já morreram 17.485 pessoas e foram registados 988.061 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

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