A associação ambientalista Quercus destacou hoje o aumento das zonas balneares portuguesas que foram classificadas e vão hastear, durante a época balnear, a bandeira “Qualidade de Ouro 2021” apesar da pandemia de Covid-19.
“Há mais bandeiras curiosamente. O ano passado foram 386 e este ano temos 393”, disse à agência Lusa a presidente da Direção Nacional da Quercus, Paula Nunes da Silva, referindo-se às praias que foram classificadas pela associação ambientalista com o galardão de indicação de “excelente qualidade das águas balneares”.
Na zona centro existem várias praias que conseguiram esta distinção em 2021, entre elas estão a praia fluvial Palheiros e Zorro, em Coimbra, a Praia da Tocha e do Palheirão, a Praia de Mira e do Poço da Cruz e na Figueira da Foz a praia de Quiaios. De destacar ainda as praias fluviais do concelho de Cantanhede: Olhos da Fervença, Cadima, Sete Fontes, em Ourentã e a praia fluvial na vila de Ançã.
Durante a iniciativa, a presidente da Quercus defendeu ainda “o encerramento” das centrais a carvão existentes em Portugal, e “que haja tecnologia e políticas que venham ao encontro da redução dos gases com efeito de estufa e a diminuição das temperaturas”.
De acordo com os critérios definidos em 2021, explicou a Quercus, para receber a classificação de “Praia com Qualidade de Ouro” têm de ser respeitados alguns parâmetros, nomeadamente a qualidade da água “excelente” nas últimas cinco épocas balneares (de 2016 a 2020).
Para receber o galardão é necessário na última época balnear não ter ocorrido qualquer tipo de ocorrência/aviso de desaconselhamento da prática balnear, proibição da prática balnear e/ou interdição temporária da praia.
Também todas as análises realizadas na época balnear de 2020 devem ter resultados melhores do que os valores definidos para o percentil 95 do anexo I da Diretiva relativa às águas balneares.