No final desta semana realiza-se a cimeira do G7 que irá reunir fisicamente os líderes das principais economias do mundo. Este será o primeiro périplo europeu do novo Presidente dos EUA, existindo uma elevada expectativa ao nível do estabelecimento de novas parcerias estratégicas com a União Europeia.
Recentemente, a Presidente da Comissão Europeia apresentou um plano para relançar e fortalecer a parceria transatlântica. Intitulado “Uma nova agenda UE-EUA para uma mudança global”, este plano de cooperação foca-se no estabelecimento de novas pontes e numa agenda positiva centrada em quatro áreas: saúde, clima, tecnologia e comércio, e política externa.
Desde esse período de tempo que a Europa e os Estados Unidos têm vindo a cooperar estrategicamente quer seja para acabar com a disputa comercial iniciada durante a Presidência de Donald Trump, evitando assim uma nova escalada na disputa comercial entre os dois blocos, quer seja ao nível da defesa do meio ambiente com os EUA a regressaram ao Acordo de Paris.
Além disso, a União Europeia propõe criar um diálogo específico com os Estados Unidos sobre a responsabilidade das plataformas online, trabalhar em conjunto na tributação justa, distorções de mercado e desenvolver uma abordagem comum para proteger tecnologias críticas como é o caso da inteligência artificial. Simultaneamente, ambos os lados do Atlântico estão a trabalhar na defesa do estado de direito, liberdade de imprensa e valores democráticos.
Mas o sucesso da cooperação transatlântica depende sobretudo da vontade dos seus agentes econômicos e sociais, sendo fundamental que todos participem activamente na definição da nova agenda ambiental e tecnológica, defendendo sempre a via da amizade em detrimento do conflito, do diálogo em detrimento da confrontação, e de novas parcerias em detrimento de barreiras injustificadas.