Tive ontem o privilégio de poder assistir, no estádio cidade de Coimbra, à apresentação do livro “Maria Virgínia e José Fernandes Fafe, um casal que viveu dois séculos”, uma obra organizada pelo seu filho José Paulo Fafe, onde publica correspondência, fotografias e permitiu depoimentos de várias personalidades.
Por ter sido um dos mais ilustres academistas de sempre, aliás, o primeiro presidente da Casa da Académica em Lisboa, o embaixador Fernandes Fafe merece todos os elogios dos que sentem a causa que nos une. Recordo-me bem, e com profundo agradecimento, a sua ligação à Académica. Apesar de não ter pedido autorização, atrevo-me a citar Mário Campos que neste livro escreveu no seu depoimento: “Com o desenrolar do tempo e as mudanças verificadas a Académica continua a mesma, mas diferente. O Embaixador acompanhou-a até ao final com a mesma dedicação. Pese embora a avançada idade, empenhou-se nas duas últimas eleições e na participação e apoio à Académica no jantar realizado em Lisboa poucos meses antes de falecer. Pelo exemplo aca démico que nos transmitiu, muito obrigado Embaixador Fernandes Fafe.”
Foi uma verdadeira honra tê-lo presente no jantar organizado no Estoril, um “regresso” de quem nunca saiu. Foi por isso, bastante emocionante para mim, João Vasco Ribeiro e Alcídio Mateus Ferreira, entregar a bandeira da Briosa às mãos do seu filho, aquando da sua morte, um símbolo que todos sabíamos que devia estar eternamente a seu lado.
Agradeço, com emoção, as menções hoje feitas por José Paulo Fernandes Fafe à Académica que soube agradecer a seu pai, como era mais do que devido, bem como o facto, bem elucidativo da ligação à causa academista, de ter escolhido o estádio Cidade de Coimbra para apresentar o livro sobre os seus pais. Mais uma vez, a direcção da Briosa soube estar à altura da sua dignidade.