Uma marcha da Porta Férrea à Praça Heróis do Ultramar marcou ontem o arranque do 3.º congresso nacional do Chega, que decorre em Coimbra.
André Ventura, líder do partido, chegou à universidade, onde tinha à espera centenas de militantes e um forte dispositivo policial. A ação da polícia acabou por ser decisiva, uma vez que reorientou os percursos quer da marca do Chega quer da manifestação dos opositores (ver em baixo), por forma a não se cruzarem.
“Pedimos aos delegados que marchassem em Coimbra, para mostrar que Coimbra também é nossa, para mostrar que as ruas também são nossas e que as nossas bandeiras são as dos portugueses comuns”, adiantou aos jornalistas.
“Durante muitos anos se disse que Coimbra nunca teria sobre o seu solo forças de direita a marchar e hoje [ontem] isso vai acontecer. Passadas décadas, Coimbra vai sentir também o peso da verdadeira direita”, acrescentou.
Centenas contra o Chega
Centenas de pessoas manifestaram-se contra o partido Chega, gritando que “chegou a hora de os fascistas irem embora”.
Munidas de tambores, bandeiras, tarjas e cartazes, centenas de pessoas concentraram-se ao final da tarde na Praça 8 de Maio, na Baixa de Coimbra, onde estava inicialmente previsto o final da marcha do Chega.
“Já ninguém atura o facho do Ventura”, “Coimbra! Antifascista!” e “Fascistas, fascistas, chegou a vossa hora; os imigrantes ficam e vocês vão embora”, foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes, que tentaram ir ao encontro da marcha do Chega, que foi desviada para a Praça Heróis do Ultramar, mas acabaram impedidos por um forte aparato policial.
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