Nova “onda” se levantou: a ideia da construção a médio prazo de um novo hospital! Porquê? “O seguro morreu de velho” e “De boas intenções está o inferno cheio”! Não me passam ao lado os sucessivos ataques ao nosso Hospital ao longo do tempo, procurando reduzir-lhe importância e competência. Competência que nunca esteve em causa, levando em conta o excelente corpo de profissionais de que dispõe desde a primeira hora. Competência que levou a que uma semana antes de o roubarem da sua/nossa Maternidade, a tutela ter atribuído um louvor pela qualidade dos serviços desta. Uma jóia que se perdeu mas nunca é tarde demais reivindicar e insistir para que se reganhe.
O processo foi portanto feio, indecoroso. Um exercício de refinado cinismo! A perda da Maternidade foi um ataque mais na pretensão de diminuição do HDFF. E lembro como este começou: pela mão de um grupo de pessoas corajosas que, tomando em suas mãos a tarefa que se afigurava tão difícil, afastaram a esplêndida unidade do destino primeiramente traçado: acudir à saúde de alguns, os privilegiados com poder económico!
Agora fala-se também de turismo de saúde! O que é isso exactamente? Um “tempo volta para trás” e nunca saído de algumas mentes que continuam a considerar a saúde um luxo e que se deve pagar por ela?! Não entendo como estando finalmente o Hospital a ser estruturalmente beneficiado (e bem!) se pense na construção de um novo em vez de se apostar seriamente na requalificação e alargamento da unidade, de modo a conferir-lhe valências. As perdidas e outras.
Não entendo, estando em construção um novo bloco operatório, se não avance (e já peca por muito tardia!) com a implantação de uma unidade de cuidados intensivos polivalentes. Esta de relevância vital para a classificação do HDFF como urgência médico-cirúrgica. Aqueles terrenos são desde sempre muito apetecíveis! É clarinho. Mas têm de ser defendidos como bem público, como magnífica herança de Abril. Deixá-los à especulação imobiliária, NÃO!