Opinião: Fazer por cumprir

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O nosso concelho tem sido palco de um pouco de tudo nesta pandemia. Se num primeiro momento passámos praticamente à margem do vírus, no pico de infeções fomos altamente fustigados. No último mês, pensámos que as coisas já estavam praticamente controladas, tendo sido com surpresa que ouvimos o primeiro-ministro a afirmar que pertencíamos ao estrito grupo dos concelhos em risco moderado. Não vou esconder que fiquei bastante surpreso com esta classificação, estava bastante tranquilo pelo facto de termos tido alguns dias seguidos sem quaisquer novos caso.
Procurei escrever esta crónica o mais tarde possível para perceber se havia condições para sairmos da situação de risco moderado. Por aquilo que pude consultar no espaço de Facebook da Câmara Municipal da Figueira da Foz deveremos fazer a nossa avaliação no período compreendido entre 1 de Abril e 14 Abril. Além disso também concluí que o concelho deverá ter menos de 70 a 75 novos casos (consoante a fonte do número total de habitantes do concelho utilizado), para garantir que está abaixo dos 120 novos casos por 100 mil habitantes.
Posto isto, ao dia 14 de Abril contabilizei 78 novos casos desde dia 1 de Abril. Isto leva-me a concluir que caso sejam mantidos os critérios da última avaliação não passaremos à próxima fase de desconfinamento. Isto leva-nos ao velho debate sobre a justiça dos escalões ou grupos baseados em números.
Quando se criam escalões qualitativos, estamos sempre sujeitos à injustiça de sermos penalizados ou beneficiados por estarmos na fronteira que separa cada grupo. Infelizmente estamos no lado errado e por isso teremos que permanecer focados em seguir o desconfinamento parcial por mais duas semanas.
Para a Figueira é singularmente importante desconfinar assim que possível. A nossa pequena e média economia concelhia está altamente dependente das visitas que recebemos no período estival. Seria bastante gravoso para o nosso território termos o concelho restringido em termos de fronteiras e de funcionamento de estabelecimentos comerciais.

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