Era o que na realidade eu supunha. Após uns dias de contestação, a margem direita do Mondego tem tudo para ficar mais bonita e mais apelativa para os cidadãos fruírem.
Não sei se a desmatação – acho que é assim que se designa – poderia ter sido de outra forma, se a decisão foi “em cima do joelho”, ou mesmo se afinal, vai lá nascer um campo de golfe como diz o vereador, ou outra coisa qualquer como afirmou o presidente da Câmara.
Já agora, se não for muito custoso, seria de bom tom construir uns campos para várias modalidades, até para compensar, ou não, a destruição do ex-pavilhão da PT “que foi destacado” para Pombal para servir de albergue a uma fábrica!
Pelo menos, creio eu, servirá para alguma coisa e não para “fazer a curva das bananas”!
Mas como é hábito neste País fazer-se obra sem que os que sabem alguma coisa da coisa deem parecer sobre a coisa…!!!
Eu quero só recordar o “festival que foi” há uns anos, a destruição dos laranjais do Mondego”!
Todos se lembrarão – mas hoje já esqueceram de certeza – dado que no seu local nasceu aquilo que é hoje denominado Parque Verde, que alguns estupidamente apelidam de docas!
Já agora, como projecto de dimensão nacional, do, ao tempo, Ministro do Ambiente José Sócrates!
Escritos em jornais, opiniões do mais estapafúrdio que se poderia ler e ouvir, como de repente, todos fossem especialistas em laranjais!
Aliás, como Portugal é o País do “achismo” – porque todos “acham qualquer coisa sobre qualquer assunto” – achei perfeitamente natural, no exercício da liberdade individual, também opinassem pessoas com qualidade reconhecida.
Por essa altura, também nos lembraremos todos muito bem do que foi dito e escrito sobre a remodelação do Estádio Cidade de Coimbra na Solum!
Se calhar, um dia destes, alguém se lembrará de fazer uma colectânea sobre essas duas decisões e perceber os opinadores da altura – sem redes sociais – e os de agora!
Uma outra questão da nossa vida em comum, de cidadãos comuns, é a defesa que todos deveremos fazer do Serviço Nacional de Saúde.
Nunca será demais lembrar António Arnaut e Mário Mendes, a sua ímpar qualidade de políticos, de homens honrados, e solidários com o seu semelhante.
Não fosse o Serviço Nacional de Saúde e muitos de nós teriam morrido à porta das mercearias de bairro!
Lembro-me bem das mercearias de então, boas e solidárias – até porque se podia “apontar no livro e pagar ao fim do mês” – e não viviam à custa de subsistemas de coisa nenhuma!
Os móveis das mercearias eram encantadores. Abria-se uma gaveta grande, pegava-se numa medida e servia-se o cliente. Bem servido até, porque não vendiam tecido ao metro com 90 centímetros! Minto. Algumas também vendiam!
Mas a vida é assim. Faz parte!