Opinião: António Almeida Henriques

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Perdemos, aos 59 anos, António Almeida Henriques. Político, deputado, Presidente da Câmara Municipal de Viseu desde 2013, homem de grande cultura democrática e um amigo pessoal.
Defensor acérrimo do desenvolvimento económico como motor da modernização e competitividade de Viseu e de Portugal, quem o conheceu soube reconhecer em Almeida Henriques o mérito de quem lutou por um futuro próspero e pela afirmação nacional da cidade em que nasceu e dos seus habitantes.
Se apoiar atividades e empresas, investimentos e internacionalização eram, nas suas palavras, objetivo nuclear da sua política municipal, entristece-me não lhe poder mostrar o produto final daquilo que em Dakar construímos, e de que falámos animadamente a 5 de novembro último durante o workshop “Coesão Territorial, recuperação da atividade económica e atração de investimento”, integrado no Viseu 2030 – 99 ideias para o futuro.
A unio, aplicação e plataforma digital que temos vindo a desenvolver nos últimos doze meses, é o fruto da mesma ínclita visão. Comprometi-me, na ocasião da atribuição do prémio de Diplomata Económico do Ano, a fazer mais e melhor pela internacionalização da nossa economia – a unio é o manifesto resultado. Pretende, em poucos cliques, conectar empresas e investidores nacionais com congéneres, fornecedores e clientes na África Ocidental. Projeto piloto e inovador, desbrava os tortuosos caminhos da distância e língua numa interface simples e eficiente, de utilização intuitiva. Do setor financeiro à construção civil, compete-nos como Missão Diplomática potenciar e promover nesta sub-região em rápido desenvolvimento todas as empresas e investidores nacionais interessados, agora com uma nova e dinâmica ferramenta sem igual na rede diplomática portuguesa.
Para que portugueses do Minho ao Algarve e das Regiões Autónomas possam fazer parte do mesmo Portugal moderno e competitivo que sempre defendi e que o homem a quem dedico esta crónica sempre afirmou, para o país e para a sua cidade.
À família, amigos e viseenses, os meus sentidos pêsames.
PS: Durante o encontro com o novo Governador de Saint-Louis, nesta cidade histórica do Senegal, chega-me a triste notícia do desaparecimento de Jorge Coelho. A mesma integridade, campos políticos diferentes. Perdi mais um amigo.

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