Não me importo de usar um lugar comum. Eles têm a virtude de se revestirem por norma de verdade, ainda que por vezes feridos de algum exagero. Exagero que não se encontra no presente caso, lamentavelmente. A propósito do que vivemos desde há um ano a esta parte: Um pesadelo! Sem fim à vista apesar dos sinais de esperança que vão colorindo o negro cenário da infame pandemia que nos assaltou sem aviso.
Parece que o sr. Gates havia dito algo há uns anos mas sobre isto nem quero pensar. Há tanta coisa estranha e absurda em tantos “pormenores”! Vivemos cansados, exaustos, depois de estado de emergência sobre estado de emergência. Aqui sim: um tremendo exagero. Perigoso! A tendência para “ler” mais longe do que a própria Lei estipula anda por aí à solta. Atente-se no que se escreveu, disse, berrou e esperneou a propósito de manifestações de índole política e sindical no último ano! Vem aí o 1º de Maio! Se o GP do Algarve tiver público os “preocupadinhos de serviço” estarão calados. Neste momento acontece uma primeira fase de desconfinamento, após a tragédia de Janeiro e Fevereiro.
Mas confinar foi só correr atrás do prejuízo. De Março de 2020 até agora pouco mudou a nível estrutural e aí é que reside a chave para o combate à doença. Um reforço digno desse nome de médicos e enfermeiros, requalificação profunda de unidades hospitalares, atendimento nos cuidados de saúde primários, não deixando os utentes à sua sorte, como aconteceu.
Na semana passada reabriram as creches, jardins de infância e escolas de 1º Ciclo. Saúdo a medida mas não do modo que foi. Sem qualquer testagem prévia da comunidade educativa, com particular incidência nos professores. Foram estes testados depois do seu regresso ao trabalho! Faz sentido? E sem vacina, que esteve marcada para o passado fim de semana antes do imbróglio da AstraZeneca! Agora quando será? Para já estamos todos “avisados” de que se nos recusarmos a tomar este fármaco, passamos de castigo para o fim da lista! É admissível? Remato citando Jerónimo de Sousa: “O confinamento tem de ser a excepção, não pode ser a regra!”