No momento em que estou a escrever, não imagino o que o Senhor Primeiro-Ministro vai anunciar ao País para a próxima quinzena.
Nem me apetece especular, dado que farto de análises e notícias falsas estamos fartos.
Já todos dissemos o que teria de ser dito, escusando ouvir o que amiúde alguns políticos dizem sobre a pandemia.
Tem sido um fartote. Valerá até a pena, fazer “um inventário” para memória futura.
Nada me espantaria, aliás como é usual, que uns comentadores digam algo e o seu contrário com a diferença de minutos.
É assim na política, são assim os que ainda não perceberam que o seu tempo passou. É que, convenhamos, existe muita gente nova que assume um discurso de velho. E no caso presente, o contrário também é verdadeiro! Que cada um faça o seu juízo!
Estamos todos desejosos de encontrar rapidamente uma nova realidade que se assemelhe a 2019. Escrevo assemelhe, embora todos saibamos que isso jamais será possível.
Teremos de nos adaptar a novos hábitos, sem perder de vista o que naturalmente nos dava, dá, e dará mais prazer.
Muitos tal como eu, são conversadores natos, são Amigos dedicados, que gostam de uma boa discussão desde que não se altere a ordem estabelecida. Sendo que “ordem estabelecida”, significa boa educação!
Estamos todos ávidos de um encontro solidário, de conversar sobre futebol e política, sobre tudo e mais o que for, sempre na perspectiva de aprender alguma coisinha com o outro.
Foi assim que eu aprendi a ser homem, cidadão; a ouvir mais do que a falar, mas sempre a conversar! Percebem, claro, que falar e conversar são coisas diferentes!
Muito tenho aprendido ao longo da vida com cidadãos das mais variadas áreas do saber, desde o investigador ao bate-chapas. Cada um com uma experiência de vida diferente. Muitos deles sem amor, sem carinho, lançados ao e no mundo para se perderem. Mas por efeito da sua garra e perseverança, tornaram-se cidadãos de bem em que podemos confiar. Não por concordar ou discordar, mas pelo seu “bom fundo”, pela sua seriedade, pela sua profunda capacidade de ser Amigo.
Os nossos jovens vivem um período difícil da sua vida. Sobretudo pela incerteza do que vai ser o seu futuro.
Não me tranquiliza qualquer tipo de bazuca que não traga alocada um verdadeiro e inequívoco apoio à educação, ao ensino e à prática desportiva.
Eu não quero nem desejo que voltemos a tempos escuros e obscuros.
Escrevi em tempos que já lá vão, que alguns não sabiam e continuam sem saber o mal que estavam a fazer aos jovens. Mas agora aprofundo ainda mais essa ideia e convicção, quando tarda a abertura da prática desportiva aos nossos jovens, atirando-os para o “sofá e daí para a obesidade”, que já é um problema de saúde pública há mais de uma década.
Vamos todos precisar de ser ainda mais rigorosos, percebendo que os jovens praticantes de uma qualquer modalidade atrasaram a sua preparação durante dois anos.
Qual a evidência? Quais as propostas?
Vai ser dramático se não conversarmos, se não formos suficientemente humildes para perceber que nenhum de nós sabe nada de coisa nenhuma.
Quem acha, que não pensa, que a verdade está ao virar da esquina, deitará tudo a perder!
Vai ser absolutamente necessário que os cidadãos, todos, nas suas organizações e mesmo dizendo os maiores disparates, não sejam chamados a exprimir-se