Afinal, a festa começou mais cedo do que o previsto. Não pelo assumir de propostas para a melhoria da condição de vida dos cidadãos, mas pela tomada do poder em forma de queixinhas, ou de “sacudir a água do capote”!
De uma forma ou de outra, sempre no pressuposto de que a forma nada tem a ver com o conteúdo. O que interessa é lá chegar. Dito por outras palavras, os fins justificam os meios!
É o que estamos a viver a alguns meses das eleições autárquicas.
Pouco interessam as obras físicas a finalizar, ou a propôr. Dado que será pouco interessante o que se pensa para o futuro respeitando o presente. Isso será obra do acaso, porque a planear não se vencem eleições; só demagogia barata – como se a demagogia pudesse ser cara -! Só pode “sair”…
Mas a verdadeira festa ainda não chegou. Por agora são algumas “segundas linhas”, “carregadores de piano” e “vendidos a preço de saldo” que estão a fazer a primeira despesa. Os tubarões aparecerão se correr bem, fechar-se-ão na concha se der para o disparate! Na verdade, o que tenderá a correr mal, correrá mesmo!
Na verdade, que eu pense, a democracia não foi suspensa nem entrou em regime de faz de conta! Alguns querem, mas não vai dar! Alguns líderes partidários cheios de medo porque muitas pessoas podem assistir a reuniões com base em soluções tecnológicas, acham que podem continuar – e continuarão – a definir do cimo da sua clarividência quem vai ser o cabeça de lista por uma qualquer freguesia sem consultar os restantes membros de cada um dos órgãos!
Eu sei que é mais fácil ser assim, porque poderá parecer que a grande maioria dos potenciais decisores – em assembleia- são na sua grande maioria gente acéfala, obedecendo cegamente ao desígnio, delito, ou delírio do chefe! Foi assim em ditadura, será assim em democracia suspensa/musculada! Não há mal que sempre dure!
A ser assim, a democracia seria fortemente violentada. Pensarão outros que será melhor assim, porque, se algo correr mal “há sempre uma cabeça para rolar”! Mas no fundo, os cidadãos sabem bem o que não querem!
A manter-se uma metodologia oligárquica, como é que cada um poderá ter o descaramento de aparecer como opinante se lhe meteram uns óculos de cabedal? Como poderá dizer no futuro,” eu tive opinião, se os seus argumentos não foram ouvidos?
Eu sei que é melhor meter a cabeça na areia…não vi, não ouvi, não me apercebi, mas apoiei a decisão! São idiotas, mantêm-se idiotas, mas cada um sabe da sua vida, da sua consciência, a que se deve a sua personalidade! Por uma vez, assumam-se!
Vamos todos ter de seguir com muita atenção os próximos capítulos.
Tenho pena de não ser jornalista para contar só o que ouviria e veria nos próximos meses. Era muito mais interessante. Porque teria de fazer a síntese dos disparates e passar a escrito.
Teria oportunidade de escrever um livro cujo título seria, “como conseguir viver num País com tanto idiota por metro quadrado”! Eu sei, eu sei, escusam de me lembrar que não seria um inédito!