Sim concordo com o calendário de desconfinamento. As medidas apresentadas neste âmbito mostram cautela e bom senso por parte do Governo. Além do vírus ser imprevisível, nota-se que estamos em contraciclo com o resto da Europa onde os casos sobem rapidamente, enquanto nós mantemos um dos melhores registos com baixa incidência da covid-19.
Manter a economia a funcionar implica alterações e uma adaptação ao vírus, detendo a sua transmissão, ou pelo reduzindo o risco. Neste sentido há muitíssimo ainda por fazer, desde incentivar os restaurantes, cafés,…etc. a servir no exterior, ao ar livre, ventilando melhor e assim aumentando a segurança dos espaços. Há um amplo consenso sobre as vantagens das atividades e encontros ao ar livre, tendo a Figueira condições ótimas para organizar a vida em torno deste paradigma. Desde a cultura à restauração, a atividade económica deve ser equacionada em termos de adaptação da covid-19. Tornar-se-á uma doença endémica? Teremos que a normalizar, mesmo que haja uma vacinação em massa? Ainda não sabemos.
Apesar de estamos em pandemia há mais de um ano ainda não há informação sobre atividades, locais de elevado risco, e outros mais seguros. Cortar o cabelo é seguro, numa escala de zero a cinco? E jantar fora com familiares? E se forem amigos que já não vejo há muito? Qual o risco de um passeio à beira-mar? Desconfinar assim, com pouca informação, torna-se mais difícil. Acresce o cansaço, pessoas desorientadas e sofrendo de várias síndromes provocados por um constante martelar de notícias sobre a covid-19.
Fundamental neste desconfinamento é apoiar quem mais precisa, as pessoas que perderam rendimentos e aquelas que têm filhos em casa, estando impedidas de trabalhar, os idosos que necessitam de companhia e amparo, estigmatizados por uma doença que os afeta de sobremaneira.