Opinião: Desconfinar fase a fase

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Concorda com o calendário do desconfinamento?

O plano de desconfinamento, que foi apresentado pelo governo no dia 11 de março, parece-me bastante sensato e razoável. Já houve uma série de países que ultrapassaram o seu segundo desconfinamento prolongado e os números de infetados revelaram que a pandemia não está minimamente controlada.

Numa das reuniões do Infarmed, um dos especialistas fazia a seguinte analogia: partindo da ideia que o confinamento é um pé que pressiona uma mola e esta representa o número casos, tal como a física nos ensina, se tirarmos o pé da mola, esse objeto vai tomar outra forma e, por vezes, elevar-se sem percurso definido. E é este o objetivo do confinamento, garantir que o número de casos não cresce descontroladamente.

Acredito que o calendário proposto, serve acima de tudo para testar os níveis de contágio por fases. Se o contágio se mantiver controlado, gradualmente, poderemos dar o passo para a fase seguinte. Por outro lado, se verificarmos que o contágio entrou numa rota indesejada, mantemo-nos na mesma fase ou recuamos à fase anterior.

Tudo isto tem que ser feito com muita cautela por não haver soluções perfeitas, neste momento. Porém, acredito que o Governo tem uma meta clara: conseguir ter o país desconfinado em pleno, durante todo o verão, por este ser um período fundamental para a economia do país, não só devido ao setor do turismo, mas também pelo retorno dos nossos emigrantes europeus que durante este período rejuvenescem as economias do interior do país.

A Figueira da Foz tem cumprido os objetivos, os contágios foram reduzidos significativamente, mas é importante que o resto do país também cumpra. A economia figueirense necessita de um verão perto da normalidade para garantir que certos negócios não entrem em situações irreversíveis. Vamos acreditar que tudo irá correr bem e que o nosso concelho voltará a ter um número elevado de visitas. Para isso, é também necessário que nós, figueirenses, continuemos a fazer a nossa parte.

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