Concorda com a concessão da marina?
O futuro da nossa cidade e o objetivo de criar condições para a qualidade de vida dos figueirenses e de quem adotou a Figueira como sua, depende de um projeto que se apoie, essencialmente, em tirar partido dos recursos que temos, sejam eles humanos, estruturais ou naturais.
Tal como tenho referido, a nossa posição geográfica, perante o país e o mundo, é uma das nossas maiores riquezas. Mas é aqui que encontramos o dilema dos últimos anos. Existe um plano para o que queremos ser? Sem estratégia definida, o nosso concelho anda “à deriva” e sem um rumo certo!
Esta falta de visão estratégica colide com a questão desta semana. Não podemos negar o nosso legado: O mar. Através dele, podemos ser grandiosos na nossa ação. Mas, para isso, não podemos ignorar os problemas que existem. O assoreamento da barra da Figueira da Foz. A falha total de condições de segurança que coloca em causa a proteção dos tripulantes das embarcações, sejam elas recreativas, comerciais e pesqueiras.
As vozes de quem lida diariamente com esta dificuldade têm sido constantes. Desde que o ano começou, foram mais as vezes que a barra esteve encerrada à navegação do que aberta. A intervenção imediata exige-se, mas para isso é necessária uma afirmação política.
É inegável a importância da náutica recreativa para o desenvolvimento económico da nossa terra e da região de Coimbra, porém só poderá existir um desenvolvimento da marina se, efetivamente, se salvaguardar a segurança dos seus utilizadores.
Além disso, secundarizar a gestão daquele espaço, como tem acontecido, não é, de todo, a solução.
Sendo fundamental melhorar o potencial humano para apoio e controlo. Aumentar a capacidade de abastecimento de água e combustíveis. Aperfeiçoar as acessibilidades aos pontos de atracagem e das ligações à própria cidade. Além de que falta conteúdo promocional para alavancar as suas potencialidades.
Em relação ao assunto de uma possível concessão, não poderei dizer que sou contra. Mas sendo uma estrutura com tanto potencial, porque é que a Câmara Municipal não assume a sua gestão? Ou será melhor seguir referências como os processos “inquinados” do Paço de Maiorca ou do Complexo Piscina-mar?