Autárquicas: Nuno Freitas diz que PSD nacional rejeitou a sua candidatura a Coimbra

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ARQUIVO – PEDRO RAMOS

A direção nacional do PSD chumbou o nome do médico Nuno Freitas como candidato à Câmara de Coimbra, revelou o próprio no Facebook, numa comunicação em que revela o apoio do partido ao independente José Manuel Silva.

“Fui informado pela direção nacional que o PSD decidiu não apoiar a decisão do PSD de Coimbra, dos órgãos concelhios e distritais, e não homologar o meu nome como eventual candidato às próximas eleições autárquicas e que vai apoiar o professor José Manuel Silva”, afirmou Nuno Freitas.

Contactado hoje pela agência Lusa, o atual líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Coimbra, que tinha sido escolhido pela concelhia de Coimbra e distrital do PSD, não quis comentar a comunicação efetuada na quinta-feira à noite na página criada no âmbito das próximas eleições autárquicas.

Antigo deputado e vereador do município de Coimbra, no mandato de Carlos Encarnação, Freitas diz que respeita a decisão do partido como “militante disciplinado”, mas considera a “estratégia errada para a própria cidade”.

Dirigindo-se ao concelho, o antigo autarca refere que a partir de 2017 era importante “trabalhar de outra forma, preparando com tempo, ouvindo mais, abrindo mais o PSD e a quadros que podem dar muito mais à cidade”, pelo que, nesse ano, decidiu voltar “para colaborar ativamente e empurrar um conjunto de pessoas que existiam na cidade para encontrar uma equipa renovada que pudesse dar uma alternativa séria”.

“Estudei muito, vi o que se fazia noutras cidades portugueses e europeias, o que eram as boas práticas internacionais, e pude estar em vários fóruns com empresários, médicos, ambientalistas, arquitetos, entre outros”, disse na sua intervenção com cerca de 15 minutos.

A sua proposta política assentaria num novo desígnio para a cidade de “economia para a sustentabilidade”, propondo um “caminho completamente diferente” para o PSD.

“Coimbra tem um problema económico e não pode continuar a viver à espera de que a Universidade e os Hospitais ou todo o setor da saúde sejam a única mola impulsionadora da cidade”, enfatizou Nuno Freitas, denunciando que Coimbra “perde jovens todos os meses, que vão para fora”.

O antigo deputado do PSD por Coimbra salienta que o problema de Coimbra é “essencialmente económico e que gostava imenso de forjar um programa” político para o concelho.

Salientando que “conhece bem Coimbra”, Nuno Freitas disse que estava “muito à vontade para, nesta fase da vida, juntar esforços e pessoas que querem um modelo [de governação] diferente, como Braga ou Cascais”.

Já hoje, o movimento Somos Coimbra, liderado por José Manuel Silva, eventual candidato do PSD à autarquia de Coimbra, comunicou “que até agora não foi estabelecido nenhum diálogo formal entre o PSD e o Somos Coimbra relativamente a esta matéria”.

O movimento “continua empenhado na constituição de uma plataforma alargada de candidatura a Coimbra, que corresponda ao apelo que repetidamente é feito por parte dos conimbricenses e que permita vencer as próximas eleições autárquicas com um programa e um conjunto de projetos que promovam o desenvolvimento e o crescimento económico, cultural e social do concelho, rumo ao futuro e à sua afirmação nacional e internacional”, refere o comunicado.

“Acreditamos agora que esse diálogo concreto e a constituição dessa plataforma, incluindo o PSD, sejam possíveis a breve prazo”, conclui a nota do Somos Coimbra, que concorreu às eleições de 2017 e elegeu dois vereadores, com José Manuel Silva, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, à cabeça.

A agência Lusa tentou contactar os presidentes da Concelhia e da Distrital do PSD de Coimbra, mas não foi possível obter nenhum comentário dos responsáveis.

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