Como celebrou o Natal e a passagem de ano, tendo em conta a pandemia?
Dada a minha cosmovisão cristã, não celebro usualmente da mesma forma o Natal e a passagem de ano, dadas as suas diferenças de substância: assim, enquanto o Natal é Deus connosco, e portanto a certeza da eternidade com Ele (a Boa Nova alegre para todo o povo num menino envolto em panos e deitado numa manjedoura), a passagem de ano é um momento que nos transporta sobretudo para uma esperança de que o Ano Novo nos traga algo melhor, daí se fazerem promessas de alterações tão radicais que, normalmente, nem sequer se começam a cumprir…
Este ano, por causa da pandemia, a celebração do Natal, quer no seio da família quer no da Igreja a que pertenço, foi limitada em relação ao número de pessoas fisicamente presentes num mesmo local (tendo em conta todas as recomendações da DGS) mas não à comunhão, possível através de videochamadas que nos possibilitaram o convívio, as manifestações de amor e de paz uns com os outros, ainda que de forma mediada pelas tecnologias.
Quanto à celebração da noite de passagem de ano, foi ainda mais restrita, o que me permitiu a tranquilidade e o refrigério necessários para perspetivar um ano que se quer de mudança profunda, aos níveis económico e social, digital, ambiental e político.
Económico e social porque é fundamental implementar bem o pacote de resposta à crise da covid-19 (a famosa “bazuca”) e a vacinação rápida de toda a população, num contexto pós-”Brexit” já acordado, mas ainda imprevisível nas suas consequências.
Digital tendo em conta o enorme desafio da transição que consta na capacitação digital das pessoas, na transformação digital das empresas e na digitalização do Estado e respetivos impactos e impactes.
Ambiental pensando na necessária evolução para um modelo económico e social fundado na racionalidade da suficiência, e no que tal implica ao nível da mudança de paradigma. E político, sobretudo porque 2021 tem de ser o ano do futuro da Figueira, o ano de retomar a esperança, adormecida na última década. Votos, portanto, de um exigente, mas emocionante 2021!