De Bissau a Buenos Aires, Estugarda, Roterdão ou Macau, sempre procurei transmitir, defender e promover um Portugal moderno e competitivo. Em Dakar, esse Portugal encontra-se soberbamente representado a múltiplos níveis pelos nossos empresários, engenheiros e técnicos, capital financeiro e humano com provas dadas por todo o continente africano.
É também por eles, que tão bem vestem as cores nacionais, que a Embaixada promove anualmente um conjunto de ações culturais. Muitas vezes longe da família, num isolamento recentemente agravado pela pandemia, procuramos, no que podemos, trazer-lhes a pátria a casa.
Dias 9 e 11 de dezembro, em coorganização com o Camões IP, dois destacados restaurantes dakaroises acolheram grandes eventos gastronómicos que ligaram os nossos dois países costeiros: “Cuisine de la mer”, uma homenagem ao mar, à cozinha portuguesa e a ingredientes locais senegaleses.
Dois chefes, um português e outro senegalês, cozinharam em conjunto novas receitas inspiradas pela musa que terão como vista: o vasto oceano atlântico e a marca que deixou na nossa história e nos nossos pratos, um imenso horizonte azul pintado aqui com o arco-íris das pirogas coloridas que regressam, todos os dias ao pôr-do-sol, ao famoso mercado de peixe de Dakar. O espírito de cooperação que reúne os dois chefes é um excelente exemplo das boas relações que procuramos sempre estabelecer.
Os paladares mais apurados detetaram o azeite, o sal e gostos de Portugal. Eu fiquei-me pelo orgulho em ver portugueses e senegaleses a (re)descobrir o nosso país. Dias 9 e 11 brindámos a quem mostra a reconhecida resiliência, saber e entreajuda que nos orgulha e distingue como portugueses, no Senegal e pelo mundo fora.