Opinião – Oportunidade!

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Concorda com a construção da ponte mista entre Lares e Alqueidão?

A Rota da Costa Atlântica que começa no Cabo Norte na Noruega e termina em Caminha é uma das 15 rotas cicláveis de longa distância da Rede Europeia de Ciclovias Eurovelo que cruzam a Europa e a única que passa em Portugal.

Estas rotas atravessam rios, mares e todo o tipo de fronteiras físicas, com a premissa de estarem garantidas estas travessias durante todos os dias do ano. Pelo que, a escolha dos percursos tem de ser bem pensada, asseverando que não existem obstáculos à passagem dos seus utilizadores, bem como ser coerente com o próprio tema da rota.

Assim que, os responsáveis pela implementação da Eurovelo em Portugal abordaram o município, o principal desafio desde logo identificado foi a travessia do rio Mondego. Esta teria de ser o mais próximo do mar, uma vez que, se trata da rota Atlântica, teria de ser segura para os cicloturistas e preferencialmente afastada de estradas movimentadas.

Ponderou-se utilizar a ponte Edgar Cardoso mas, teria de ser profundamente alterada e, por outro lado, não seria possível utilizar as bermas da EN109 para a ciclovia pois é uma estrada com muito trânsito rodoviário. Por isso, optou-se por construir uma nova ponte pedonal e ciclável numa zona estreita do rio, que não interferisse com a sua navegabilidade e que ligasse dois locais com interesse paisagístico. Escolhendo-se unir as margens entre Alqueidão e Lares.

Sendo o estuário do Mondego uma zona sensível por natureza, houve necessidade de projetar uma ponte com uma extensão de 400m por forma a não prejudicar as suas frágeis margens. Esta ponte, apesar de apenas pedonal e ciclável, teria um custo bastante alto. Ora, uma vez que, parte do seu custo será financiado através dos eixos estratégicos associados à mobilidade suave e ao turismo sustentável, e uma vez que, a população destas margens há muito tempo que reclama uma nova ponte, o executivo municipal decidiu alargar o investimento permitindo que na ponte possam também circular automóveis.

Assim, o projeto foi revisto para numa das faixas ter tráfego rodoviário ligeiro alternado, na outra faixa peões e bicicletas e serem melhoradas as acessibilidades à nova ponte. Passando a existir uma nova alternativa à travessia do Mondego. A população destas margens não perdoaria que se perdesse esta oportunidade!

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