Opinião: Espero tempos melhores

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Como celebrou o Natal e a passagem de ano, tendo em conta a pandemia?

Desta vez, as celebrações tradicionais que marcam a viragem anual do calendário gregoriano não tiveram o mesmo sentido e o mesmo afeto que tradicionalmente marca este período. Tivemos de nos adaptar familiarmente para que o convívio se mantivesse com a distância devida.
Foi com algum engenho que os meus avós nos receberam na ceia de Natal numa mesa de 20 onde só se sentaram 6, colocando os dois agregados familiares em cada ponta da mesa, cada agregado com as suas respetivas doses de todas as iguarias disponíveis. E por ali ficámos, com o distanciamento necessário. Foi bom e deu para sentir um pouco do espírito natalício, contudo faltou aquela proximidade, os beijinhos e os abraços, a convivência transversal com todos os membros da família.
Foi um natal sem sabor a Natal. Aliás, este Natal apenas criou a expetativa de que o próximo seja o melhor de sempre, com todos nós devidamente vacinados e com as nossas famílias novamente reunidas, fazendo tudo aquilo que não pudemos fazer neste tempo. Será sem dúvida um Natal marcante.
A passagem de ano não foi muito diferente, fiquei pela primeira vez em casa desde que me lembro. Curiosamente, acabei a dedicar a noite aos vários programas de comentário político que assisto tradicionalmente nos canais de informação.
Se 2020 foi ano das tormentas, 2021 será o ano da boa esperança. O ano em que finalmente venceremos a pandemia e voltaremos ao novo normal. Certamente iremos viver um mundo mais digital, onde as reuniões à distância serão mais comuns, onde a digitalização continuará a avançar com mais veemência, onde o estar presente fisicamente não terá a mesma obrigatoriedade de sempre, onde o teletrabalho se poderá tornar uma opção mais recorrente para os trabalhadores, onde as compras online se tornaram mais comuns. Não tenhamos dúvidas que 2020 será visto no futuro como um momento histórico importante. Assim como 2021 será o ano em que definiremos o legado que este período nos deixa a todos nós.

Pode ler a opinião de David Monteiro na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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