Como celebrou o Natal e a passagem de ano, tendo em conta a pandemia?
2020, o ano que ficará para história. Um ano que se adivinhava afortunado. Mas que para a maioria do mundo, tornou-se num ano incerto e muito difícil. Foi, sem sombra de dúvidas, um desafio para cada um de nós. 2020 foi o ano em que as sociedades se reinventaram e, é certo, que vão continuar na luta de uma adaptação frenética e a contrarrelógio perante um inimigo ainda com muitas arestas desconhecidas.
2020 foi o ano em que percebemos, mais do que nunca, a importância e a necessidade do ser humano em conviver, em se relacionar com o próximo. 2020 foi o ano em que a importância de cuidarmos de nós e dos outros teve ainda mais sentido.
Respondendo à questão colocada, o Natal sempre foi com o meu núcleo mais central da família. Este ano com um sabor bem mais especial, porque tive a bênção de ser novamente mãe. Acreditando ainda mais que, através dos meus filhos, não precisamos de muito para sermos felizes. Este ano só foi diferente porque não existiu abraços. Mas existiu mais cumplicidade e mais amor. E do que é que precisamos mais? Apenas agradecer a vida, agradecer a família que tenho, os amigos e todas as pessoas que de alguma forma se cruzaram comigo nesta caminhada.
A passagem do ano, no que toca a festividades, nunca me disse muito, mas é sempre uma altura de reflexão dos 12 meses do ano que passaram. Este ano não foi diferente, ou melhor, foi uma introspeção muito mais forte. E fazendo um balanço em tudo o que escrevi, senti e vivi. Gostava que o sentimento “vivo” de solidariedade tomasse a sua real importância na sociedade.
Este ano ficou marcado pelo inicio de uma crise sem precedentes. Muitos são aqueles que estão a passar muitas dificuldades. Muitos são aqueles que perderam os seus negócios e os seus empregos. Todos acreditamos que 2021 traga esperança no combate à pandemia da Covid-19. Mas muitos dos problemas sociais existentes não se resolverão com o controlo do vírus.
Para este novo ano desejo a todos vós e à cidade onde nasci e cresci mais vivacidade, mais prosperidade, mais entreajuda, mais igualdade. Vamos acreditar e lutar por melhores dias! Um Bom ano!
Pode ler a opinião de Ana Oliveira na edição impressa e digital de fim de semana, 9 e 10 de janeiro, do DIÁRIO AS BEIRAS