Em Muscat, Oman, é com satisfação que observo o sorriso orgulhoso que algumas pessoas ostentam quando se abordam os feitos dos seus concidadãos e organizações, evidenciando uma saudável “vaidade”. Esta “vaidade”, quando justa e assumida como consequência da materialização meritória de uma qualquer iniciativa ou projecto, é observada sob a forma de elogio e reconhecimento.
Contrariamente, em Coimbra, esta é demasiadas vezes repudiada, o que em nada contribui para a desejável afirmação da Cidade no País e no Mundo. Aqueles que com evidentes méritos poderiam alimentar este saudável orgulho são, de pronto, a razão do mais torpe e redutor dos sentimentos: o da inveja. Manifesta-se, invariavelmente, através da repetida propalação de inverdades, sempre maldizentes e carregadas de frustração, tendo como principal motivação a construção de uma visão enviesada, deturpada e redutora destes mesmos méritos.
Coimbra é uma Cidade “maior”, de pergaminhos únicos, de que todos nos orgulhamos, pelo que este fenómeno, tão característico de terras pequenas e, acima de tudo, de terras com gente pequena, deverá ser rapidamente repudiado por nele não nos reconhecermos. É importante que tenhamos esta mesma “vaidade” nos feitos dos “Nossos”, sejam eles pessoais ou colectivos, académicos, desportivos, sociais ou empresariais.
A confiança que manifestarmos em tudo o que a Cidade produz será o seu maior catalisador de desenvolvimento. Sejamos positivos e construtivos, sem abdicarmos de ser críticos e, acima de tudo, autocríticos.
“Great People talk about ideas, average people talk about things, and small people talk about… other people! “