Opinião – Formação para o emprego e a inclusão social em tempos de Pandemia

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A Pandemia da Covid-19 obriga a repensar muito do que tínhamos como adquirido, sabíamos ou julgávamos saber ao nível pessoal, familiar, das relações socias, emprego e, também, da formação. Acelerou vertiginosamente transformações e mudanças como a necessidade de responder com metodologias de Formação a Distância ou em regime misto; o aumento significativo do desemprego sobretudo nos trabalhadores menos qualificados e mais vulneráveis; a urgência de requalificar os trabalhadores;
A formação profissional surge agora não só como resposta ao desemprego dos que não possuem uma qualificação ou certificação profissional, mas também como resposta à necessidade de reconversão profissional daqueles que, ainda que com boas qualificações, viram os seus empregos afetados pela crise económica.
É um instrumento fundamental para diminuir as desigualdades, criar oportunidades iguais para todos e “acelerar” a reconversão das competências técnicas e de “soft skills” das pessoas para a aceder ao mercado de trabalho marcado pela mudança tecnológica, pela criatividade, pela inovação. Áreas como a economia digital, a economia verde, energia, alterações climáticas, o setor social, mas também o património, o artesanato e os produtos locais, aparecem agora como potenciais âncoras da economia e oportunidades para o emprego.
Os apoios à formação de qualidade têm de ser uma prioridade. Temos o desafio de rentabilizar os recursos que vão ser postos à disposição do país para este desígnio, aplicando-os bem nas políticas verdadeiramente transformadoras da vida das pessoas e da economia do país – as qualificações, a aprendizagem, a educação, a formação.
Sou testemunha, pela missão de Diretor do CEARTE, que a formação tem feito e faz a diferença na vida de tantas pessoas. A Pandemia veio reforçar o desafio de concentrar as respostas de qualificação ou reorientar as qualificações para as necessidades do futuro, nos grupos mais desfavorecidos, públicos com dificuldades de inserção e reinserção no mercado de trabalho, desempregados e, nestes, sobretudo os jovens, um dos segmentos da sociedade mais afetados ao nível do emprego.
Existem em Coimbra e em todo o país, respostas formativas de grande qualidade, na rede de Centros de formação profissional do IEFP, nos centros de gestão participada com uma vocação sectorial (como o CEARTE, gerido pelo IEFP e a Cáritas de Coimbra, vocacionado para a formação nas áreas do artesanato, do património, dos recursos endógenos e do setor social) e noutras entidades.
Estão disponíveis para, com flexibilidade e eficácia, encontrar as respostas mais adequadas às necessidades das pessoas, das instituições e das empresas. Saibamos todos aproveitar a qualidade, competências técnicas e a disponibilidade, destas organizações em encontrarem soluções inovadoras na Formação presencial, online ou em regime misto para os problemas das pessoas – os de hoje, mas sobretudo os de amanhã.
O futuro é de grande incerteza, mas uma coisa é certa: as mudanças necessárias e os desafios a enfrentar vão ser feitos pelas pessoas e, esperamos, para as pessoas, por isso as pessoas são e serão sempre o mais importante … e a sua qualificação, capacitação e formação ao longo da vida é determinante.
Desejo um Feliz Natal e um ano de 2021 com saúde e pleno de aquisição de conhecimentos que façam a diferença.

 

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