Leiria destruiu em dois meses 264 ninhos de vespa asiática

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Os Bombeiros Sapadores de Leiria destruíram 264 ninhos de vespa velutina ou asiática nos últimos dois meses, anunciou o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, reconhecendo existir “um registo de ocorrências extremamente elevado” nesta matéria.

“Nos últimos dois meses temos tido uma atividade intensa no combate à vespa velutina”, declarou Gonçalo Lopes (PS) na reunião do executivo municipal na quarta-feira, referindo que “os bombeiros municipais procederam ao extermínio de 264 ninhos” naquele período.

A questão foi suscitada pelo vereador social-democrata Álvaro Madureira, que pediu o ponto de situação sobre o combate à vespa asiática, realçando a importância de se redobrar o trabalho para eliminar os ninhos que criam “certa perigosidade para as populações”.

O presidente do município respondeu que há “um esforço muito grande dos bombeiros” no combate à vespa asiática e que as denúncias para a existência de ninhos partem do cidadão comum, mas também de autoridades.

“A resposta é relativamente rápida, mas o nível de ocorrências é este, estamos a falar de uma média de mais de quatro ninhos por dia em 60 dias. É um nível de intervenção elevado e os meios que estamos a empregar são elevados”, frisou.

À agência Lusa, o comandante dos Bombeiros Sapadores de Leiria, José Rito, acrescentou hoje que, entre 01 de janeiro a 08 de dezembro, foram destruídos cerca de 700 ninhos de vespa velutina no concelho.

“A nossa prioridade é a destruição de ninhos em locais onde há aglomeração de pessoas, por exemplo escolas, serviços públicos, habitações, mas continuamos o trabalho no povoamento florestal”, garantiu, reconhecendo que, relativamente a outros anos, nota-se a existência de mais ninhos na periferia urbana.

José Rito antecipa uma diminuição de ninhos desta vespa no próximo ano, porque os Bombeiros Sapadores de Leiria estão “a utilizar um produto químico sem impacto ambiental que permite a destruição de toda a colónia de vespas”.

“É um trabalho mais demorado – cinco a sete dias por ninho -, mas o impacto é maior. As vespas daquele ninho serão neutralizadas na totalidade e não farão ninho noutro local”, explicou.

O comandante esclareceu que a corporação tem diariamente dois elementos a efetuar este trabalho, pedindo às pessoas para que, sempre que identifiquem um ninho de vespa velutina, contactem os serviços camarários ou de emergência.

De acordo com o ‘site’ do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, os principais efeitos da presença das vespas asiáticas manifestam-se na apicultura, “por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas”, e na segurança pública, dado que, “não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros”.

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