Suspeitos de agredir jovem em ajuste de contas em Aveiro ficam em silêncio no tribunal

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O Tribunal de Aveiro começou hoje a julgar sete pessoas, com idades entre os 21 e 51 anos, suspeitas de agredir um jovem, num caso com contornos de ajuste de contas relacionado com um roubo de um estabelecimento.

Os arguidos, seis homens e uma mulher, respondem pelos crimes de coação, sequestro, rapto, roubo e extorsão na forma tentada, sendo que quatro deles, todos da mesma família, estão acusados como cúmplices morais.

Na primeira sessão do julgamento, todos os arguidos afirmaram que por ora não pretendiam falar sobre os factos ocorridos na madrugada de 05 de outubro de 2014, em Aveiro.

A audiência prosseguiu com a audição da principal vítima, um jovem de 25 anos que diz ter sido acusado injustamente de ter roubado um estabelecimento de restauração de um dos arguidos.

“Fui acusado de uma coisa que não fiz, que tinha roubado um estabelecimento e isso é totalmente mentira”, disse a testemunha, adiantando ter sido vítima de agressões e injúrias por parte dos três principais acusados.

O jovem contou que estava numa festa na Póvoa do Valado quando foi abordado por dois dos arguidos e depois foi conduzido até ao ‘skate park’, no Bairro de Santiago, em Aveiro, onde ocorreram as agressões, até à chegada ao local de um terceiro arguido.

“Deram-me murros e chapadas e arrancaram-me um brinco da orelha”, disse o ofendido, admitindo que os arguidos agiram “um bocado de cabeça quente”, porque pensavam que ele tinha sido o autor do roubo.

O jovem contou que depois foi levado para casa da família do dono do estabelecimento assaltado e não houve mais agressões.

“Ficou tudo mais calmo. Estivemos a conversar e eles disseram que tinha que pagar aquela quantia que foi roubada e depois deixaram-me à porta da minha casa”, disse, adiantando que esteve dois anos “sem meter os pés em Aveiro”, por receio.

O jovem lembrou ainda que chegou a casa “em ‘boxers’ e t-shirt”, porque o mandaram despir a roupa que trazia vestida e referiu que os arguidos ficaram também com o seu carro, que estava avaliado em cerca de 600 euros.

Dois dos principais arguidos estão ainda acusados de terem coagido e sequestrado um amigo da principal vítima que os terá ajudado a localizá-la, com receio que aqueles o agredissem fisicamente.

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