Opinião – Má sorte ou impreparação?

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O primeiro caso da COVID-19 em Portugal foi detetado a 2 de março, dando origem ao início da curva da primeira vaga, que teve o seu período mais crítico nos meses de março e abril. Por todo o mundo foram várias as abordagens adotadas no combate à pandemia, dado o desconhecimento científico existente à data, o que obrigou muitos decisores políticos a navegar por mares nunca dantes navegados!
Para além do interesse nacional, este foi um dos principais fatores que norteou a posição do PSD, de apoio e cooperação com o Governo. No meio de tantas duvidas e incertezas, era imperativo dar o benefício da dúvida a quem estava encarregue da gestão dos destinos do País e ao mesmo tempo garantir a tão necessária união nacional no combate à pandemia.
Todos estamos certamente recordados das palavras de António Costa em abril, que seguramente iria surgir uma segunda vaga no Outono/inverno e que teríamos de estar preparados. Estamos também recordados, dos vários alertas do deputado do PSD Ricardo Batista Leite, sobre a necessidade de o estado garantir a compra atempada de vacinas da gripe.
É no mínimo muito estranho, que após a adoção de critérios não uniformes e erráticos, em que muitos deles continham mais exceções do que regras, que no período de desconfinamento e após vários meses de preparação perdidos, venha agora António Costa afirmar que ninguém podia prever que a segunda vaga chegasse tão cedo!
Este comportamento ziguezagueante é típico de quem não fez o devido trabalho de casa, de quem não preparou o SNS para a fase crítica, de quem não contratualizou atempadamente com o setor social e privado o necessário acréscimo de capacidade de resposta e por último e mais grave, de quem não tem respostas sobre como vai o País enfrentar o período mais crítico no inverno, sem pôr em causa a saúde dos portugueses ou matar a economia.
No que concerne a restrições à nossa vida social são precisas regras claras e para todos. Já no que se refere à economia, dado o prolongar no tempo desta crise, tem de se ir para além de empréstimos e moratórias de créditos, garantindo uma efetiva capitalização das empresas.
No que se refere às vacinas da gripe, apesar da Ministra da Saúde ter-me respondido no Parlamento, que existe um stock de várias centenas de milhares de vacinas, está à vista de todos, pelas notícias veiculadas na comunicação social, que tal stock não existe ou não está a ser gerido corretamente!
Termino citando Paulo Portas: “Precisamos de um Governo mais competente nesta matéria!”

A minha atividade na passada semana
– No âmbito do Orçamento de Estado, questionei a Ministra da Agricultura sobre a reposição dos prejuízos agrícolas provocados pelas cheias no Baixo-Mondego e sobre a falta de investimento e estratégia no combate à vespa asiática.
– Em conjunto com os deputados do PSD do distrito de Coimbra, propusemos uma alteração ao Orçamento de Estado, de forma a este incluir a deslocalização do estabelecimento Prisional de Coimbra.

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