Mealhada insatisfeita por recolher obrigatório não passar para as 15:00

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Presidente CM Mealhada

O presidente da Câmara da Mealhada discorda “em absoluto” da posição do Governo em não alargar o horário de funcionamento da restauração das 13:00 para as 15:00, nos dois próximos fins de semana, como tinha apelado.

Em declarações à agência Lusa, Rui Marqueiro lamentou que o primeiro-ministro não tenha sido sensível ao seu apelo, ironizando que se a Mealhada fosse uma freguesia de Lisboa “teria o seu problema resolvido, como já aconteceu com confinamentos por áreas”.

O autarca socialista disse não ter conhecimento de alguém se ter infetado em restaurantes do concelho, conhecidos por servirem leitão assado da Bairrada, que representam um dos maiores setores económicos do município.

Desagradado com a atitude do Governo, o presidente da autarquia daquele concelho do distrito de Aveiro desabafou que “atrás de tempo, tempo vem” e que os políticos “depois não se queixem que são mal vistos”.

Numa gravação de vídeo enviada às três mais altas figuras de Estado, Rui Marqueiro salientou que “a Mealhada tem como um dos principais motivos económicos a restauração, que é um setor absolutamente decisivo para a nossa economia local, regional e nacional”.

“A Mealhada precisa de pelo menos que os seus restaurantes possam abrir ao fim de semana para servir os seus almoços, e isso só é possível se puderem fechar até às 15:00”, defendeu o autarca, salientando que o horário “até às 13:00 mata-os”.

Na mensagem, o presidente da autarquia disse não acreditar “que essas duas horas tenham uma influência decisiva no combate à pandemia e, por isso, lhes peço com humildade e com muita força de querer que isso seja permitido aos restaurantes da Mealhada e quiçá a outras zonas que se façam valer pela sua restauração e gastronomia”.

Para o autarca, era “absolutamente decisivo” que o alargamento fosse permitido, situação que o primeiro-ministro António Costa já veio rejeitar.

O primeiro-ministro rejeitou hoje passar o recolher obrigatório das 13:00 para as 15:00 nos dois próximos fins de semana, como defende o setor da restauração, alegando que essa medida visa precisamente travar convívios sociais ao almoço.

“Isto é duro de dizer, mas temos mesmo de evitar esses grandes convívios à hora de almoço e daí a decisão de limitar às 13:00” o período de abertura da generalidade dos estabelecimentos comerciais dos concelhos com maior incidência de covid-19, respondeu António Costa.

Falando aos jornalistas depois de ter recebido em São Bento o líder da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), Luca Visentini, o primeiro-ministro referiu que, quando o seu executivo definiu o calendário das medidas de limitação de circulação a aplicar nos concelhos mais atingidos pela epidemia, “ponderou muito bem se devia ser às 13:00 ou às 15:00” a hora limite.

O Governo anunciou o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia, sendo que, ao fim de semana, o recolher obrigatório inicia-se a partir das 13:00 nos mesmos 121 concelhos.

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