O movimento “Somos Coimbra” acaba de ficar amputado de metade da sua estrutura dirigente. A cisão consumou-se na passada segunda feira, em reunião da comissão politica da organização política.
Em causa está uma profunda divergência acerca da estratégia do movimento, em face das próximas eleições autárquicas.
Segundo apurou o Diário As Beiras, a divisão teve, na base, a possibilidade de integração de elementos do “Somos Coimbra” numa candidatura com outras forças políticas, com destaque para o PSD, na sequência de diligências que têm vindo a ser desenvolvidas pelo coordenador do movimento, José Manuel Silva.
Leia o comunicado emitido pelo grupo de dissidentes:
O ‘Somos Coimbra’ nasceu em 2017 como um movimento de cidadãos independentes, fora do espectro partidário, com o objectivo de dar um futuro de desenvolvimento e modernidade ao concelho de Coimbra.
No dia 19 de Outubro, numa reunião da Comissão Política do Movimento, confrontaram-se duas visões: a integração de membros do movimento como independentes numa lista de partidos ou a manutenção do movimento como independente e extrapartidário.
A Comissão Política mostrou uma profunda divisão (11 votos contra 11), tendo o coordenador exercido o seu voto de qualidade em favor da primeira opção.
Os membros que se mantêm fiéis aos ideais que estiveram na génese do Somos Coimbra e que continuam a acreditar que eles ainda hoje são válidos – o concelho de Coimbra precisa de um movimento independente e extrapartidário – decidiram, em coerência e por imperativo de consciência, abandonar o movimento.
Coimbra, 21 de Outubro de 2020,
Ana Goulão, Bernardo Albuquerque Nogueira, Carlos Faro, Carlos Fiolhais, Daniela Gonçalves, Fernando Seabra Santos, Filomena Girão, Gonçalo Quadros, Isabel Maia, Manuela Direito e Teresa Direito.
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