PSD contra encerramento da consulta aberta no Hospital de Cantanhede

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O grupo parlamentar do PSD questionou a ministra da Saúde acerca do encerramento da consulta aberta do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, no distrito de Coimbra, e defendeu que essa decisão deve ser revertida, foi hoje anunciado.

Numa pergunta através da Assembleia da República, a que a agência Lusa teve acesso, os deputados social-democratas questionam se o Governo concorda com a “decisão violadora do acordo celebrado entre o Ministério da Saúde, a Administração Regional de Saúde do Centro e a autarquia de Cantanhede”.

“Vai o Governo reverter a decisão de encerramento da consulta aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo e, nesse caso, a partir de que data?”, pergunta o grupo parlamentar.

Sediado na cidade de Cantanhede, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo serve uma população de 60 mil habitantes, principalmente residente nas regiões do Baixo Mondego e do Baixo Vouga.

Segundo os deputados do PSD, os utentes “foram recentemente surpreendidos com o encerramento da consulta aberta, que era assegurada há mais de uma década pelos médicos do Centro de Saúde de Cantanhede, nos termos do acordo celebrado pelo Ministério da Saúde, Administração Regional de Saúde do Centro e Câmara de Cantanhede”.

“A consternação da população é ainda maior quando se recorda que a consulta aberta foi instituída por um Governo do Partido Socialista, em 2007, como contrapartida pelo encerramento do então serviço de urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, e que esse executivo se comprometera com a existência e manutenção de uma resposta minimamente satisfatória para atendimento das situações de enfermidade urgentes e emergentes, o que manifestamente deixou de suceder naquela unidade hospitalar do SNS”.

Para o grupo parlamentar do PSD, é inaceitável pretender-se fazer crer que o serviço “continua a funcionar no Centro de Saúde quando, na verdade, como bem denunciou a autarquia de Cantanhede, só há atendimento por marcação aos fins de semana e feriados, das 10:00 às 18:00, em qualquer caso, sem os serviços de análises clínicas e de eletrocardiografia, absolutamente indispensáveis para o diagnóstico em situações agudas”.

Os social-democratas pretendem saber “que reforços de profissionais, especialmente de pessoal médico e de enfermagem, estão ou vão ser previstos para o hospital, bem como para as Unidades de Saúde Familiar e Extensões de Saúde do Baixo Mondego e do Baixo Vouga”.

Os social-democratas interrogam-se também sobre “que mecanismos de referenciação de doentes vão ser criados com vista a otimizar a ocupação de camas de cuidados continuados e paliativos”.

Na pergunta dirigida à ministra da Saúde, questionam ainda sobre “que medidas de rentabilização das valências e dos recursos do Centro de Medicina de Reabilitação da região de saúde do Centro – Rovisco Pais, estão previstas, especialmente ao nível da reabilitação geral em lesões vertebro-medulares e doenças do foro neurológico” .

“O PSD pretende, assim, reverter o encerramento do serviço de consulta aberta, assim como valorizar as condições de prestação de cuidados de saúde naquele hospital e melhorar a acessibilidade aos mesmos por parte dos utentes do SNS e reforçar as condições de funcionamento dos serviços de medicina de reabilitação na região de saúde do Centro”, refere o documento.

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