Quem espera sempre alcança, diz o ditado. No caso d’Os Quatro e Meia, banda formada em Coimbra, foram necessários três anos para que o novo álbum ganhasse forma. “O Tempo Vai Esperar” – que tinha data de lançamento em abril, mas que viu a sua edição adiada graças à covid-19 – é lançado no dia 25 setembro. Antes, a 22, haverá um concerto de apresentação, no Convento de São Francisco.
Há três anos, quando lançaram o primeiro disco, “Pontos nos Is”, Os Quatro e Meia entraram diretamente para o top de vendas nacional. Um sucesso que, na altura, associaram à “vontade imensa” que amigos e família tinham em ajudá-los a chegar mais longe.
“Ainda hoje, acreditamos que as nossas mães esgotaram o stock nacional de álbuns nossos… No fundo, sentimos que, desde sempre, temos um grupo de pessoas que acredita muito no nosso projeto e nos ajuda a chegar mais longe, talvez porque se identifica com a nossa forma simples de fazer música e se revê nesse registo. Esperamos que o segundo álbum possa ter a mesma aceitação”, diz Mário Ferreira, um dos seis elementos da banda.
Este novo álbum tem 11 temas, 10 inéditos e uma renovação que conta com a presença do Pedro Tatanka (Black Mamba). Carlão (Da Weasel) também dá voz a uma das músicas.
O trabalho foi gravado entre o Estudiozeco e o Estúdio de Vale de Lobos, com produção de João Só.
“Conta com o contributo de vários músicos talentosos em alguns temas e arranjos, mas também com algumas alterações nos nossos processos e na nossa sonoridade. Levámos instrumentos novos para estúdio e explorámos um lado mais pop do que no primeiro álbum, mantendo uma identidade muito própria nos princípios gerais, na interpretação e nas letras”, refere Mário Ferreira.
“É uma evolução natural e um certo processo de maturação da nossa forma de fazer música. Tem, inevitavelmente, o contributo de todos e as influências de cada um, pelo que é bastante heterogéneo em termos de estilos, o que acaba por ser a nossa cara”, acrescenta o acordeonista, vocalista e engenheiro informático.
A banda, formada por três médicos, dois engenheiros e um professor – antigos estudantes em Coimbra – começou em 2013, num sarau no Teatro Académico de Gil Vicente, com o nome inventado a cinco minutos do começo do espetáculo. O nome “Os Quatro e Meia” foi motivado por uma “óbvia diferença de estaturas entre os cinco elementos que compunham a sua formação original e assim se manteve após a adição de mais um músico, uma vez que o baixinho “Meia” já não estava em idade de crescer”, refere a banda.
João Cristóvão Rodrigues, professor de música, natural de Coimbra; Mário Ferreira, informático e criador de conteúdos audiovisuais, da Sertã; Pedro Figueiredo, médico, de Águeda; Ricardo Liz Almeida, médico, bracarense; Rui Marques, engenheiro civil, natural de Carregal do Sal; Tiago Nogueira, médico, também conimbricense, são os seis elementos dos Quatro e Meia. No dia 22, no Convento de São Francisco, “O Tempo Vai Esperar” por eles e pelo público.