A estória da concessão do complexo da piscina de mar lembra uma novela de má qualidade! Avanços, recuos, e saberá o fim da estória quem resolver apenas “ver” o último capítulo. O que fazer se falhar uma vez mais o processo de concessão? O que se deveria ter sido feito “ab inicio”, poupando energias, tempo, dinheiro e paciência, um bem inestimável! Tomar a Câmara Municipal em suas mãos esta oportunidade magnífica de “dar” à Figueira uma piscina, esta dotada de água salgada e com vista fabulosa para o oceano largo.
A concessão deste equipamento a privados não faz qualquer sentido, tanto mais não existindo uma piscina pública no perímetro urbano. Elas acontecem e muito bem em algumas freguesias mas em (Buarcos e) S. Julião há muito se suspira por ela sem resultado. Incompreensível numa cidade com vocação e pretensões turísticas. Mas antes dos turistas há os figueirenses, arredados da fruição da “sua” piscina que tarda em acontecer.
O complexo é um edifício histórico, concebido por um renomado arquitecto figueirense. Foi inaugurado há 67 anos. O facto de ser um imóvel classificado, certamente facilitaria o acesso a fundos, permitindo-se que a estrutura fosse reabilitada e permanecesse na plena posse da autarquia. Concessionados seriam as lojas alojadas no rés do chão, a cave e o restaurante bar, à semelhança do que aconteceu no CAE.
Neste momento aproxima-se o final do Verão sem que a piscina tivesse sido aberta ao público, apesar das sucessivas promessas de arranque de obras. O pretenso concessionário impôs novas exigências, alterações ao projecto inicial, a construção de uma nova ala de alojamentos, passando a estrutura a apresentar um U. Mais treze quartos porque os trinta e sete previstos deixaram de o satisfazer. Esta questão aguarda parecer por parte da Direcção Regional de Cultura.
Esperemos que não demore demasiado para se ver resolvido este imbróglio. Espero ainda que a Direcção Regional se lembre que há muitos figueirenses à espera da sua piscina, em condições de fruição acessíveis a todos, porque o lazer não pode ser pertença de apenas meia dúzia de privilegiados com dinheiro para férias de luxo. Merecemos!
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