Para assinalar os 200 anos da Revolução Liberal foi ontem apresentada a obra “Memórias da Regeneração de 24 de agosto de 1820”, da autoria de duas figuras do liberalismo, José Liberato Freire de Carvalho e José Ferreira Borges, no Café Santa Cruz, em Coimbra.
Numa iniciativa conjunta da Comissão Liberato e Pró-Associação 8 de Maio (Coimbra), Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto (Figueira da Foz) e Editorial Moura Pinto (Coja, Arganil), a obra foi introduzida por Manuel Seixas e José Manuel Martins, que assina o prefácio.
O livro reproduz as “Memórias para a história da nossa brilhante e gloriosa regeneração de 24 de Agosto de 1820”, que José Liberato, oriundo de Coimbra e exilado em Londres, começou a escrever em 1821.
“Juntámos os escritos do jornalista e ideólogo, José Liberato, e de Ferreira Borges, jurista, estratega e pensador, dois liberais fundamentais, para celebrar estes 200 anos que passam da revolução”, disse Manuel Seixas, coordenador da Comissão Liberato.
Para o investigador e membro da Associação 24 de Agosto, José Manuel Martins, os portugueses “encontraram no desembargador Fernandes Tomás e nos companheiros do Sinédrio os mais virtuosos e ilustres regeneradores da Pátria, dispostos a combater a odiosa tirania”.
Na plateia estava Vital Moreira que foi chamado a intervir. O ex-eurodeputado lembrou que “a Revolução Liberal não só existiu como foi porventura a mais profunda e decisiva das revoluções portuguesas”.
Vital Moreira destaca
Constituição de 1822
“Nenhuma das constituições anteriores é tão decisiva como a de 1822 como fonte da de 1976 que nos rege atualmente”, reiterou Vital Moreira, destacando o papel de Liberato. “Sem Londres a Revolução talvez tivesse tardado mais e não tivesse tido o impacto que teve”, considerou o constitucionalista.
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