A câmara deve exercer a sua autoridade administrativa para proibir a circulação de viaturas na rua 5 de Outubro, em Buarcos?

Antes de mais gostaria de comentar a formulação da pergunta, “A Câmara deve exercer a sua autoridade administrativa?”. Esta questão reflete a forma como, quem nos governa, aplica o seu autoritarismo, nos últimos tempos, perante as suas decisões. Não ouvir ninguém e aplicar a sua “autoridade”. Mas numa democracia as pessoas ainda têm alguma coisa a dizer e mais têm o direito de verbalizar a sua opinião!
Já referi por diversas vezes que, quando se mexe com o dia-a-dia das pessoas, é fundamental, ouvir a opinião de quem é afetado diretamente. Em Buarcos com a Rua 5 de Outubro não é diferente. Toda aquela zona tem sido um exemplo do que é ter orgulho na sua identidade e a sua dinâmica é da exclusiva responsabilidade de quem lá vive, de quem tem lá os seus negócios. A própria paróquia de Buarcos se inclui no desenvolvimento daquele centro histórico. Aqui a união por um bem comum, a sua casa, o seu espaço existe com muita motivação.
Não me parece que cortar o trânsito seja a solução, pelo menos para os moradores, ainda por cima, muitos são idosos, alguns com mobilidade reduzida, que vivem naquelas casas. Proibir, na totalidade, o circular de carros, vai dificultar, ainda mais, tarefas como ir às compras, à farmácia ou ao médico. Uma das formas que me parece ser uma boa solução para aquela rua seria limitar o trânsito apenas a quem lá habita.
Os atuais governantes do nosso concelho gostam muito de se fazer comparar com outros lugares e neste sentido poderiam fazer uma pesquisa, e não precisam de ir a Biarritz ou a Copacabana, porque muitos são os exemplos no nosso país acerca de limitar o trânsito em ruas. Desde pinos elevatórios, a cartões para moradores, as opções são variadas.
Outro problema, que deve – e tem – de ser resolvido, é a questão dos estacionamentos, pois criaram lugares reservados para comerciantes, mas os moradores, mais uma vez ficaram esquecidos. E mesmo de uma forma geral, toda aquela envolvência necessitava de mais estacionamentos. Também são vários os exemplos de sucesso espalhados por aí. E acabando como comecei… envolver as pessoas seria muito mais democrático e muito mais eficaz!